segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mensagem

Abri as portas ao Redentor

João Paulo II

Não apenas chore pelos mortos, também reze por eles!


A oração pelos mortos

Saudade e oração

Não julguemos que lembrar nossos mortos é ter apenas deles uma saudade que aos poucos vai decrescendo em intensidade, à medida que passam os anos. Chorar nossos mortos e perpetuar-lhes a lembrança no mármore, na tela, no livro é permitido, sim. Porém, não fiquemos só nisto. Juntemos à saudade a oração. Não basta chorar, precisamos orar. E nunca se precisa tanto de orações como depois da morte. No purgatório as pobres almas estão como o paralítico da piscina que dizia a Jesus: – Hominem non habeo! Senhor eu não tenho um homem que me lance na piscina para ser curado.

Dependem aquelas almas santas de nossos sufrágios, de nossas orações e sacrifícios. Deus as entregou à nossa caridade. Sempre é eficaz a nossa oração pelas almas.

“É infinitamente mais útil e eficaz a oração pela libertação dos defuntos que padecem no purgatório, que oração pelos pecadores da terra, cuja perversidade e más disposições paralisam os esforços para os salvar. As santas almas não põem obstáculo algum à eficácia das orações que por elas fazemos. “ Tal é a opinião do piedoso oratoriano P. Faber.

Juntemos à nossa imensa saudade dos mortos nossos queridos, a oração e sempre a oração.

Escreveu, o P. Sertillanges: “A lembrança dos mortos sem a oração, é uma lembrança fria, um triste pensamento. É uma exploração do nada. Porém com a oração, é um vento que sopra em direção a Deus, é uma ascenção nas asas da esperança”. (Le probléme de la prière. Revue de Jeunes – Nov. 1915.)

Oremos pelas almas benditas que padecem no purgatório! Demos-lhe a esmola de nossas preces fervorosas e da riqueza das indulgências do tesouro da Igreja.

Fonte: Socorramos as pobres almas do purgatório – Mons. Ascânio Brandão/ADF

domingo, 30 de outubro de 2011

Oito resoluções para ser devoto da Santíssima Virgem


Se queremos ser abençoados da Santíssima Virgem, procedamos para com ela com a ternura de um filho para com sua Mãe.

1 – O filho gosta de saudar sua Mãe. Saudemos a Maria, rezando muitas vezes a saudação angélica.

A prática desta devoção consiste, primeiro, em rezar três Ave-Marias todos os dias, de manhã e à noite, em honra da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem, para ser preservado de todo o pecado, sobretudo do pecada de impureza; o segundo é rezar o Ângelus, de manhã, ao meio-dia e ao anoitecer; terceiro, em saudar a Maria por uma Ave-Maria cada vez que se ouve o relógio dar as horas; quarto, em repelir por uma Ave-Maria todas as tentações, que sobrevierem; esta oração põe em fuga o demônio; quinto, rezar o teço todos os dias. Este exercício agrada a Maria, principalmente quando é praticado em comum, na família!

2 – O filho tem prazer em visitar sua Mãe.

Também todos os servos de Maria têm o costume de visitar, freqüentemente e com muita piedade, as imagens e as igrejas consagradas à sua honra.

3 – O filho regozija-se em pronunciar o nome da sua Mãe.

O nome de Maria é para os seus servos fiéis, alegria para o coração, mel para a boca, melodia para o ouvido. Santa Brígida ouviu um dia o Senhor prometer à sua Mãe Santíssima que quem invocasse o seu nome, penetrado de confiança e com propósito de se emendar, receberia três graças especiais, a saber: 1) perfeito arrependimento dos pecados; b) meios para satisfazer a justiça divina, e c) força para chegar à perfeição. E, além disso, a glória do paraíso.

4 – O filho de coração bem formado não se envergonha da sua Mãe;

ufana-se de trazer sobre si a vestimenta dela. Ora, as vestimentas da Rainha do Céu são seus santos escapulários.

5 – Tal filho se compraz no costume de recordar os trabalhos que padeceu sua Mãe para lhe salvar a vida.

Jesus promete quatro graças especiais aos que invocam esta divina Mãe pelas suas dores: 1a) conceder-lhes-á fazerem, antes da morte, uma sincera penitência dos seus pecados; 2a) protegê-los-á nas suas tribulações, mormente na hora da morte; 3a) imprimirá neles a memória da sua Paixão, e lhe dará a recompensa no céu; 4a) com as suas próprias mãos os colocará nas de Maria, para que deles disponha ao seu bel-prazer e lhe alcance quantas graças quiser.

6 – O filho digno deste nome faz mais: escolhe certos dias para dar à sua Mãe provas mais notáveis do seu amor.

O digno filho de Maria escolherá, para mais lhe honrar, especialmente o sábado de cada semana, as sete festas anuais da Senhora, e o mês de maio.

7 – O filho ama as reuniões de família que se fazem em roda duma querida Mãe.

Tais são, para o devoto de Nossa Senhora, as congregações da Santa Virgem e as Associações de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Enfim, é da natureza imitar o filho à sua Mãe.

Pelo que, se amamos a Maria, devemos procurar imitá-la, por ser esta a mais gloriosa homenagem que lhe podemos oferecer.

(cf. Saint-Omer, O Filho de Maria)/ADF

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Profecias e esperanças para nossos dias, de Nossa Senhora do Bom Sucesso


Nossa Senhora do Bom Sucesso,

Em ocasião recente publicamos importante matéria sobre as aparições e profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso, no convento das concepcionista de Quito, capital do Equador.

Nos post seguintes voltamos ao caso, também com matéria do maior interesse. Porém, neste caso o autor Plinio Solimeo, faz uma sistematização das profecias por temas e por pontos. Essa apresentação facilita muito a compreensão das vastas profecías.

Por isso, embora cientes de que alguns parágrafos já foram publicados por nós, apresentamos o valioso trabalho de Plinio Solimeo, autor bem conhecido pelos seus sólidos escritos hagiográficos.

Francisco del Castilho estava atônito. Viera dar a última demão à imagem que esculpira e não só a encontrara terminada, mas transformada até nos entalhes.

“Madres! esta imagem não é obra minha, mas angélica”, exclamou tomado de temor reverencial.

Igreja do convento das concepcionistas de Quito
Madre Mariana de Jesus Torres e suas monjas sabiam que isto era verdade. A imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso, que o hábil escultor iniciara, fora milagrosamente terminada por Anjos que entoavam o hino Salve Sancta Parens, ouvido por toda a Comunidade...

Não era a primeira vez que Mariana de Jesus Torres y Berriochoa, uma das sete espanholas fundadoras do Monasterio Real de la Limpia Concepción, em Quito, deparava-se com um fato dessa natureza.

Sua vida, desde os 13 anos de idade, não tinha sido senão um contacto contínuo com o sobrenatural.

As aparições de Nosso Senhor, de Sua Santa Mãe, de Santos e de demônios, eram-lhe freqüentes. A essa filha de Santa Beatriz Silva foi desvendado o futuro como a poucos. E as revelações que lhe foram feitas, sobretudo as concernentes aos nossos dias, impressionam pela precisão, riqueza de detalhes e semelhança com as de Fátima.

“Sou Maria do Bom Sucesso, Rainha do Céu e da Terra”

Foi a 2 de fevereiro de 1594 que a Santíssima Virgem apareceu pela primeira vez à então Priora das Concepcionistas na capital equatoriana. Comemora-se, pois, a 2 de fevereiro a festa litúrgica dessa admirável invocação mariana.

Catolicismo já se ocupou dela mais de uma vez, especialmente em sua edição de fevereiro de 1996. Entretanto, nunca o fez com a amplitude e a profundidade com que apresenta agora o mesmo tema, de tanta transcendência para a compreensão de nossos conturbados dias, que presenciarão os acontecimentos desse fim de século e de milênio.

Madre Mariana, com a fronte em terra, com lágrimas e suspiros, suplicava à Divina Majestade remédio para os muitos males que afligiam aquela colônia e seu convento.

Ouviu então uma voz celestial que a chamava pelo nome. Viu à sua frente Nossa Senhora refulgindo em meio a imensa claridade. Trazia o Menino Jesus no braço esquerdo, e um báculo de ouro na mão direita.

‒ “Sou Maria do Bom Sucesso, Rainha dos Céus e da Terra”, declarou-lhe a Mãe de Deus. “Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a nosso Pai celestial. Quero que fortaleças teu coração e que o sofrimento não te abata. Tua vida será longa para glória de Deus e de sua Mãe, que te fala. Meu Filho Santíssimo te presenteia com a dor em todas as suas formas. E, para infundir-te o valor que necessitas, toma-O de meus braços nos teus”.

Ao tomar o Menino Jesus nos braços, sentiu um desejo maior de sofrer e de se consumir como vítima para aplacar a Justiça Divina, se possível, até o fim do mundo.

Na seguinte aparição, em 16 de janeiro de 1599, Nossa Senhora deu-lhe conhecimento de vários fatos futuros. E declarou a Madre Mariana de Jesus:

“É vontade de meu Filho Santíssimo que tu mandes executar uma estátua minha tal qual me vês, e a coloques sobre a cátedra da Priora para que daí governe meu Mosteiro. Que os mortais entendam que Eu sou poderosa para aplacar a Justiça Divina e alcançar piedade e perdão a toda alma pecadora que a mim recorra com coração contrito. Porque eu sou a Mãe de Misericórdia, e em mim não há senão bondade e amor”.

Durante os anos seguintes, Madre Mariana sofreu um terrível calvário e foi só a 5 de fevereiro de 1610 que o escultor foi chamado.

Imagem de São Francisco venerada no convento
Francisco del Castilho, espanhol de nobre linhagem, vivia santamente em Quito com a esposa e três filhos. Recebeu a encomenda como uma graça do Céu. E a 9 de janeiro seguinte declarou que a imagem estava praticamente pronta.

Faltava a última demão de pintura. Ele iria procurar as melhores tintas existentes na Colônia, e voltaria no dia 16 para concluir o trabalho.

São Francisco e os três Arcanjos refazem a Imagem inacabada

Na madrugada desse dia, quando as religiosas se dirigiram ao Coro para rezar o Ofício, encontraram-no todo iluminado por luz sobrenatural, e ouviram vozes angélicas que cantavam o “Salve Sancta Parens”.

Da Imagem inacabada saíam raios vivíssimos. A pintura-base aplicada por Del Castilho caía ao solo junto com aparas de madeira, os traços da Imagem tornavam-se mais suaves e sua fisionomia mais celeste. Mas somente Madre Mariana via que, como pedira, São Francisco e os três Arcanjos refaziam a Imagem.

Francisco del Castilho não se limitou a dizer que a Imagem não era obra sua, mas de Anjos. Lavrou um documento no qual repetia tal afirmação sob juramento, declarando ainda que a encontrara terminada de maneira diferente da que deixara. Entregou o documento às religiosas para perpetuar a prova do milagre (1).

Continua no próximo post

(Autor: Plinio Maria Solimeo, “Catolicismo”, fevereiro de 1998).

quinta-feira, 27 de outubro de 2011


Recebí de um amigo um e-mail com um pequeno texto, mas muito interessante. Desconheço o autor. Segue o texto:

Se você colocar um falcão em um cercado de um metro quadrado e inteiramente aberto em cima ele se tornará um prisioneiro, apesar de sua habilidade para o vôo. A razão é que um falcão sempre começa seu vôo com uma pequena corrida em terra. Sem espaço para correr, nem mesmo tentará voar e permanecerá um prisioneiro pelo resto da vida, nessa pequena cadeia sem teto.

O morcego, criatura notavelmente ágil no ar, não pode sair de um lugar nivelado. Se for colocado em um piso totalmente plano, tudo que ele conseguirá fazer é andar de forma confusa, dolorosa, procurando alguma ligeira elevação de onde possa se lançar.

Um zangão, se cair em um pote aberto ficará lá até morrer ou ser removido. Ele não vê a saída no alto, por isso, persiste em tentar sair pelos lados, próximo ao fundo. Procurará uma maneira de sair onde não existe nenhuma, até que se destrua completamente de tanto atirar-se contra as paredes do vidro.

Existem pessoas como o falcão, o morcego e o zangão: atiram-se obstinadamente contra os obstáculos , sem perceber que a saída está logo acima.

Se você está como um zangão, um morcego ou um falcão, cercado de problemas por todos os lados, olhe para cima!

E lá estará Deus e Cristo Jesus, à distância apenas de uma oração!


Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Jovem Modelo faz-se religiosa


Modelo deixa Milão após conhecer Medjugorje

Ania Goledzinowska era uma modelo para grandes empresas, uma apresentadora de TV e actriz em comédias italianas. Agora reza o Terço e vai para a Igreja enquanto não está a limpar os quartos, a descascar batatas e a cuidar das galinhas na sua nova vida com uma comunidade em Medjugorje. E não tem planos para voltar.
Ela tinha tudo o que o mundo tem a oferecer. Ania Goledzinowska mudou de uma infância pobre na Polónia para a vida da alta sociedade italiana. Conhecida como modelo, apresentadora de TV e actriz, apareceu na versão italiana da "Dança dos famosos". Também ganhou as manchetes por saltar para fora de um bolo na festa de aniversário do primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi em 2008.
Agora tudo isto pertence ao passado. Desde Junho de 2011, esta celebridade poloca-italiana, de 27 anos, tem vivido ao lado de padres e freiras numa comunidade mariana em Medjugorje. Com muito trabalho duro e oração, a sua nova vida parece-se à dos idosos no seu país natal, a Polónia mais do que o glamour italiano através do qual se tornou famosa.
Mas Ania Goledzinowska não quer a sua velha vida de volta. De facto, ela nunca foi tão feliz como agora, disse em entrevista ao jornal Catholic Herald.
"A primeira vez fui convidada por um amigo que também pagou a viagem. Eu tinha um tipo de alergia a padres e à Igreja. Mas esta primeira viagem mudou a minha vida, tanto que nos dois anos seguintes, não fui capaz de viver serenamente, porque compreendi que eu nunca tinha sido realmente feliz em toda a minha vida."
"O que eu estava a viver era uma ilusão, não a verdadeira felicidade", diz Ania Goledzinowska.
Uma cruz de madeira lisa substituiu o ouro e as jóias em torno do seu pescoço.
"Tornei-me deprimida. Eu tinha uma vida privilegiada de que eu não gostava. Pelo contrário, eu queria coisas simples e normais. Uma manhã acordei, liguei para um amigo e pedi-lhe para encontrar um lugar para eu ficar em Medjugorje - ou eu teria pulado pela janela. Eu deixei a Itália com dois sacos, sem falar com ninguém. E aqui estou eu."
"O meu primeiro pensamento foi vir aqui só por alguns dias, porque em 25 de Junho eu deveria começar um trabalho em Porto Calvo, na Sardenha (Itália) para o clube do bilionário Flavio Briatore. Mas 25 de Junho foi também o 30º aniversário das aparições em Medjugorje. Após cinco dias aqui eu cancelei o contracto e decidi permanecer."
"Acordo às cinco da manhã. Subimos a colina das aparições rezando o Terço, depois descemos, fazemos as nossas orações, vamos à Santa Missa. Trabalhamos até ao meio-dia. Limpo os quartos e banheiros, passo roupa ou descasco batatas. Também temos uma horta e galinhas. Depois rezo outro Terço. À tarde descansamos, e às 6 da tarde há outras orações."
"Muitos dos meus velhos amigos não compreendem o que eu estou a fazer. Eles não entendem como posso ser feliz fazendo o que talvez a minha faxineira fazia. Na verdade, eu acho que nunca estive tão feliz. Eu sinto-me como quando eu era uma criança, quando eu era pequena e vivia com a minha família pobre e simples."
"Tudo o que faço me faz sentir satisfeita. Sinto-me amada por Deus e por aqueles em torno de mim, sem ter que me disfarçar como alguém que eu nunca fui. Eu sei que as pessoas estão perto de mim pelo que eu realmente sou, não por interesse. Eu deixei tudo. Vesti-me com as "roupas da providência", que algumas vezes os peregrinos deixam aqui, porque as minhas roupas não se encaixam em Medjugorje. Eu não podia vir aqui usar sapatos da Chanel."
"Fiquei longe das drogas por cerca de seis anos. Eu não quero fugir do mundo, eu sei que a verdadeira batalha é na vida quotidiana. Mas primeiro tenho de curar a minha alma para ajudar os outros, para lutar no campo de batalha para o Rei único e verdadeiro, que é Deus."
"Depois de Medjugorje eu não faria muitas coisas, mas eu não me arrependo de nada. Eu tinha de viver as coisas boas e ruins do meu passado, a fim de dar testemunho hoje que tu podes mudar, que a vida real é outra coisa. Jesus veio e morreu pelos pecadores, não para os sãos. Eu sou a primeira das pecadoras. Eu não quero perder o privilégio de desfrutar da Misericórdia do Senhor."
"Amar, perdoar e não julgar. Assim como tu queres ser perdoado, também os outros têm direito a uma segunda chance. Perdoa, mas não faças isto somente pelos outros, faz por ti mesmo. Deves esvaziar-te do ódio e do ressentimento que manténs no teu coração. Só então é que Deus pode trabalhar em ti. Caso contrário, ele não tem onde colocar as graças que Ele tem reservado para ti."

Santo Evaristo, papa, mártir, +107


Foi o quinto Papa da História, tendo sucedido a Clemente I.

Segundo o antigo *Liber Pontificali, era de origem grega mas nasceu em Antioquia, e sofreu o martírio durante o reinado do imperador Trajano, perto do ano 100.

Foi sepultado no Vaticano, junto ao Apóstolo Pedro.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Nossa Senhora do Ó


Certos nomes ou invocações de Nossa Senhora, pelo fato de os termos ouvido sempre, desde a infância, não nos chamam a atenção. Mas, para quem nunca os ouviu, parecem um tanto estranhos.

Fato muitas vezes embaraçoso para quem reside ao lado de uma imagem que sempre invocou e nem sabe qual a origem do nome. Foi o que aconteceu a um amigo com a invocação de Nossa Senhora do Ó. Tantas vezes a ouviu, e quando lhe perguntaram o significado dela, que perplexidade!

Ó Menino Jesus!

Após o pecado original, Deus prometeu a Adão que viria um Redentor. A humanidade ficou séculos esperando o nascimento dAquele que nos abriria as portas do Céu. Especialmente no povo eleito, havia os que aguardavam o nascimento desse Salvador, o Messias. E sobretudo esperava-O ardentemente uma donzela pertencente ao povo judeu: Maria Santíssima.

Para celebrar essa expectativa de Nossa Senhora, o anseio e a alegria com que Ela aguardava o nascimento de seu divino Filho, determinou a Igreja que a última semana antes do Natal fosse denominada “da expectação” ou “da esperança”. E que esses desejos estivessem refletidos nas antífonas do Ofício ou Breviário que devem rezar sacerdotes e religiosos.

Por coincidência, nessa mesma semana elas começavam todas por Ó!. Assim eram lidas as antífonas Ó! Sabedoria, Ó! Emmanuel, Ó! Rex Gentium, Ó! Adonai, Ó! Radix Jesse, Ó! Clavis David etc. Antífonas que terminavam todas com a invocação “Veni”, vinde.

Tais súplicas ardentes para que viesse logo o Salvador do mundo, a Santa Igreja as extraiu das mais notáveis passagens da Sagrada Escritura, nas quais os Patriarcas e Profetas manifestam seus desejos de que nascesse o quanto antes o Redentor.

Se eles manifestavam assim tais desejos, quanto mais não os manifestaria Nossa Senhora, que sabia estar tão próximo o nascimento do Messias! E se eles diziam: Ó! Senhor, vinde logo, com quanta mais fé Nossa Senhora não diria o mesmo! Desse pensamento piedoso nasceu a devoção a Nossa Senhora do Ó.

Uma devoção que sobrevive à transformação da cidade de São Paulo

Na capital paulista, a paróquia da Freguesia do Ó, e o bairro nascido em torno dela, devem seu nome a essa invocação. Já em 1618, havia sido construída uma capela com tal nome numa aldeia de índios próxima a Piratininga pelo bandeirante Manuel Preto. Mas com o aumento da população foi necessário edificar novo templo, concluído em 1795. Essa nova igreja incendiou-se no final do século XIX, tendo sido substituída pela atual, que data de 1901.

Se esse templo falasse, poderia narrar as incríveis transformações que viu se realizarem a seu redor... Em todo caso, é reconfortante ver ainda hoje a torre da igreja com seus anjos tocando trombeta para celebrar a alegria da Virgem que vai dar à luz.
Devoção antiga em três outros Estados brasileiros

Se bem não haja documentos que o comprovem, parece ter sido em Olinda que começou essa devoção no Brasil. Isto porque existe uma imagem que consta ter sido levada lá por ocasião da fundação da cidade. Talvez a tenha conduzido algum devoto português de Évora ou Torres Novas, locais onde tal devoção é muito difundida. Em todo caso, é certo que já em 1709 a imagem encontrava-se no local.

No Rio de Janeiro, existiu uma pequena capela dedicada a Nossa Senhora do Ó, na Várzea, junto ao morro de São Januário e da praia, que foi construída após a reconquista da cidade das mãos dos franceses calvinistas.

Na cidade de Sabará, em Minas Gerais, a devoção foi levada àquela região pela família do bandeirante Bartolomeu Bueno, a qual construiu no século XVIII uma igreja com a mesma invocação.

Portanto, em vários lugares do território nacional a devoção tem origem muito antiga.

E se, infelizmente, em alguns locais a devoção desapareceu, em outros mantém-se até o presente.

Também na América hispânica a devoção se difundiu, o que não é de estranhar, uma vez que foi um espanhol do século VII, Santo Ildefonso, Bispo de Toledo, na Espanha, quem pela primeira vez mandou festejar tal invocação.

E foi especialmente no Peru que a devoção vingou, graças ao empenho dos padres jesuítas. Estes fundaram em Lima, na igreja de San Pedro y San Pablo, uma confraria à qual pertenceu grande parte da classe alta da cidade, tendo vários Vice-reis ingressado nela. Esta confraria, que começou com apenas 12 pessoas e poucos recursos, foi crescendo até contar atualmente com centenas de associados e um capital considerável.

Infelizmente, tanto no exterior quanto no Brasil a devoção foi decaindo, por motivos vários. Dentre eles, convém assinalar o fato de o homem moderno ter o coração fechado para as alegrias inocentes, como é a alegria do Natal, ou a alegria da mãe que espera o nascimento de seu filho. Quantos homens não sentem mais nenhuma alegria no Natal, quando antes o esperavam ansiosos na infância!

Concluímos com uma proposta: assim como Nossa Senhora, na expectativa do nascimento do Salvador, rogava Ó! Senhor, vinde logo! – também nós devemos, hoje mais do que nunca, suplicar: “Ó! Senhora, vinde logo! Antes havia a expectativa da vinda de Vosso divino Filho. Hoje, grande é a expectativa de que se cumpram as profecias que anunciastes em Fátima no ano de 1917. Não tardeis!”
Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Por que sofremos?


E como enfrentar as situações de dor e sofrimento?

Esta é uma pergunta que atormenta a nossa humanidade. Para Victor Frankl, médico e psiquiatra austríaco, fundador da escola da Logoterapia, o sentido da vida humana pode ser encontrado mediante a realização de alguma coisa, mediante um acolhimento à beleza da natureza ou das artes, por meio das quais a pessoa se realiza e se sente plena. Podemos citar o exemplo de pessoas que enfrentam escaladas a altas montanhas e ao atingir o cume, saboreiam uma sensação de plenitude. E por último, mediante o enfrentamento de limitações da vida, as quais abrem um incalculável leque de possibilidades diante de situações limites, como as doenças.
A questão é que temos a tendência de exagerar o lado positivo ou negativo da vida, pois exageramos o tom do prazer ou do desprazer em nossas vivências. Dependendo do grau de importância que atribuímos a esses aspectos (positivos ou negativos), caímos na reclamação, na murmuração da vida e, muitas vezes, tornamo-nos amargos.
O sofrimento, assim como o prazer e a alegria, faz parte da vida. Não podemos fugir das situações de sofrimento, e muito menos impedir que as pessoas que amamos sofram. Portanto, precisamos de aprender a aproveitar as situações que nos fazem sofrer da forma mais positiva possível.
Anselm Grun diz no seu livro “O céu começa em ti” o seguinte: “Onde está o maior dos meus problemas, ali está também a maior de todas as chances, ali está também o meu tesouro. É ali que eu entro em contacto com a minha verdadeira essência. E é ali que alguma coisa poderá ganhar vida e desabrochar”.
Enfrentar ou suportar a dor e o sofrimento é atitude que nos é custosa; não é fácil, requer garra, escolha e perseverança. Enfrentá-los não faz com que saiamos das situações ilesos, sem marcas, mas podemos sair renovados, com um novo sentido para a nossa vida.
Mas como enfrentar as situações de dor e sofrimento? Aí seguem algumas dicas que nos podem ajudar nesses momentos: em primeiro lugar, precisamos de encarar essas situações como parte do ciclo da vida e como ciclo, manter a certeza de que elas irão passar. É importante darmos sentido ao sofrimento que enfrentamos para que ele não passe em vão, e assim não caiamos no perigo de perder a oportunidade de crescer como pessoas.
A segunda dica é buscarmos manter um olhar positivo e a confiança de que vamos superar essa adversidade, mudando o que é possível mudar, aceitando o que não pode ser mudado, mas em tudo e sempre mantendo o olhar de esperança.
A terceira dica é fundamental: precisamos de manter a nossa fé firme em Deus, buscando no Senhor forças e inspiração, buscando n’Ele a graça de visualizarmos novas possibilidades diante da situação que enfrentamos. Ao pedirmos esta graça a Deus, precisamos de dar outro passo.
A quarta dica é: precisamos de nos manter abertos para mudanças, seja de rotina das nossas vidas ou qualquer outra mudança que a situação irá exigir. Por fim, a quinta dica é: não podemos deixar de buscar o apoio das pessoas com as quais convivemos e amamos, familiares, amigos, as pessoas do grupo de oração ou da paróquia na qual participamos, pois este apoio é fonte de força e perseverança.
Precisamos de guardar na nossa mente e no nosso coração que as situações de sofrimento fazem parte da vida, e nelas estão escondidas inúmeras possibilidades, por meio das quais podemos crescer como pessoa, pois como diz Goethe: “Não há nenhuma situação que se não possa enobrecer, o que quer que seja realizando ou suportando”.

“Deus não criou o sofrimento, mas criou-nos a todos como criaturas livres e capazes de amar e sofrer. Para que fôssemos capazes de amar e sofrer dignamente e com valor redentor deu-nos um exemplo, o exemplo de Jesus. Quem aceita livremente o sofrimento, torna-se vencedor dos poderes do Mundo, faz parte do mistério redentor de Deus, entra nele e torna-se capaz de vencer as estruturas do próprio pecado”.

Jesus não elimina o sofrimento, mas ensina-nos a carregá-lo com amor e esperança, para que dê frutos de vida eterna…
Deus nunca nos abandona… Resta-nos confiar nele.
Os cristãos não descobriram o caminho para evitar o sofrimento.
Sofrem como os outros e, às vezes, até mais do que os outros,
mas descobriram que a Cruz de Jesus Cristo é redentora.
Carregar a cruz sozinhos é desesperador…
Mas unidos a Cristo, todo o sofrimento é salvador, inclusive o nosso.

domingo, 23 de outubro de 2011

São João de Capistrano, religioso, +1456


São João de Capistrano nasceu nos Abruzzos, no ano 1386. Além de gramática e letras, estudou também Direito Canónico e Direito Civil, na cidade de Perusa. Por algum tempo foi oficial de juiz. Ingressou, então, na Ordem dos Franciscanos. Ordenado sacerdote, São Capistrano peregrinou por toda a Europa a pé ou a cavalo, desde a Espanha até a Sérvia, da França até a Polónia. Em suas viagens apostólicas, procurou fortalecer a moral cristã e refutar os erros dos heréticos. Deixou uma obra escrita em dezassete volumes e foi um homem que participou activamente da angústia de seu tempo. Tempo este em que a religião católica se encontrava em crise e a paz ameaçada pelas guerras (Guerra dos Cem Anos) e pela iminente invasão dos turcos. Além disso, a peste negra assolava toda a Europa, dizimando muitos. Morreu em Villach, na Áustria, no ano 1456, aos 71 anos de idade. Os luteranos desenterraram-no e atiraram-no ao Danúbio; felizmente foi encontrado pelos católicos que o levaram para Elloc, junto de Viena de Áustria onde se conserva religiosamente, honrado com a muita devoção dos fiéis. João foi beatificado pelo papa Leão X e foi solenemente canonizado pelo papa Alexandre VIII, no ano de 1690.

Cardeal Cañizares: É recomendável comungar na boca e de joelhos


Em entrevista concedida à agência ACI Prensa, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos no Vaticano, Cardeal Antonio Cañizares Llovera, assinalou que é recomendável que os católicos comunguem na boca e de joelhos.

Assim indicou o Cardeal espanhol que serve na Santa Sé como máximo responsável, depois do Papa, pela liturgia e os sacramentos na Igreja Católica, ao responder se considerava recomendável que os fiéis comunguem ou não na mão.

A resposta do Cardeal foi breve e singela: “é recomendável que os fiéis comunguem na boca e de joelhos”.

Do mesmo modo, ao responder à pergunta da ACI Prensa sobre o costume promovido pelo Papa Bento XVI de fazer que os fiéis que recebam dele a Eucaristia o façam na boca e de joelhos, o Cardeal Cañizares disse que isso se deve “ao sentido que deve ter a comunhão, que é de adoração, de reconhecimento de Deus”.

“Trata-se simplesmente de saber que estamos diante de Deus mesmo e que Ele veio a nós e que nós não o merecemos”, afirmou.

O Cardeal disse também que comungar desta forma “é o sinal de adoração que necessitamos recuperar. Eu acredito que seja necessário para toda a Igreja que a comunhão se faça de joelhos”.

“De fato –acrescentou– se se comunga de pé, é preciso fazer genuflexão, ou fazer uma inclinação profunda, coisa que não se faz”.

O Prefeito vaticano disse ademais que “se trivializarmos a comunhão, trivializamos tudo, e não podemos perder um momento tão importante como é o de comungar, como é o de reconhecer a presença real de Cristo ali presente, do Deus que é amor dos amores como cantamos em uma canção espanhola”.

Ao ser consultado pela ACI Prensa sobre os abusos litúrgicos em que incorrem alguns atualmente, o Cardeal disse que é necessário “corrigi-los, sobre tudo mediante uma boa formação: formação dos seminaristas, formação dos sacerdotes, formação dos catequistas, formação de todos os fiéis cristãos”.

Esta formação, explicou, deve fazer que “celebre-se bem, para que se celebre conforme às exigências e dignidade da celebração, conforme às normas da Igreja, que é a única maneira que temos de celebrar autenticamente a Eucaristia”.

Finalmente o Cardeal Cañizares disse à agência ACI Prensa que nesta tarefa de formação para celebrar bem a liturgia e corrigir os abusos, “os bispos têm uma responsabilidade muito particular, e não podemos deixar de cumpri-la, porque tudo o que façamos para que a Eucaristia se celebre bem será fazer que na Eucaristia se participe bem”.

REDAÇÃO CENTRAL, 27 Jul. 11 / 01:27 pm (ACI/EWTN Noticias)

Colaboração José Tiago Fernandes Monteiro/AASCJ

sábado, 22 de outubro de 2011

Paquistão: Asia Bibi terá sido torturada na prisão


Após terem circulado algumas notícias de que Asia Bibi teria sido alvo de tortura na cadeia de Sheikhupura, onde se encontra detida após ter sido condenada por blasfémia, surge a primeira referência ao caso pela voz do ministro para a Harmonia.

O católico Akram Gill, que ocupa actualmente o cargo de ministro de Estado federal para a Harmonia inter-religiosa e, interinamente, para as minorias religiosas, afirmou ontem que escreveu uma carta e contactou com o superintendente da prisão no Punjab onde se encontra Asia Bibi, e que pediu garantias específicas sobre a sua situação.

A resposta é a confirmação possível das notícias da alegada tortura. “Recebi respostas e garantias de que o incidente foi superado com a suspensão da agente da polícia envolvida e de que as autoridades na prisão farão de tudo para garantir a Asia Bibi as melhores condições possíveis e a plena segurança, monitorizando constantemente sua saúde física e psicológica”.

De facto, nos últimos dias surgiram algumas notícias dando conta de maus tratos de que a cristã Asia Bibi estaria a ser sujeita, havendo relatos que apontavam mesmo para actos de tortura.

Departamento de Informação da Fundação AIS

Oração de louvor a Virgem Maria


Ó Virgem Maria, abençoada sois Vós pelo Senhor Deus Altíssimo entre todas as mulheres da terra. Vós sois a glória de Jerusalém, Vós a alegria de Israel, Vós a honra do nosso povo.

Salve, ó Virgem, honra de nossa terra, a quem rendemos um culto de piedade e veneração, a quem chamamos com o belo nome de Aparecida.

Quem poderá contar, ó doce Mãe, quantas graças, durante tantos anos, Vós dispensastes ao povo brasileiro, compadecida de nossos males?

Quisemos cingir Vossa cabeça sagrada com uma coroa de ouro que Vos é devida por tantos títulos. Continuai a dobra-Vos benignamente às nossas preces.

Quando erguemos ao céu nossas mãos suplicantes, ouvi clemente os nossos rogos, ó Virgem; conservai nossas almas afastadas da culpa, e, por fim, conduzí-nos ao céu.

Salvação, honra e poder aquele que Uno e Trino, nos fulgores do Seu trono celeste, governa e rege todo o universo. Amém.

V. A Vossa Imaculada Conceição, ó Virgem Mãe de Deus.

R. Anunciou a alegria ao mundo todo.

Oremos- Deus, que, por intermédio da Mãe Imaculada de Vosso Filho, multiplicastes os dons de Vossa graça em favor de nós, Vossos servos, concedei-nos propício que, celebrando na terra os louvores da mesma Virgem pelas Suas maternas preces mereçamos alcançar o prêmio eterno do céu. Pelo mesmo Nosso Senhor Jesus Cristo.

Amém.

Fonte: Extraída do “Devocionário de 1959 – Venha a nós o Vosso Reino, Manual de Piedade para as alunas das Irmãs Missionárias zeladoras do Sagrado Coração de Jesus/ADF

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Nossa Senhora das Graças e a conversão do hebreu Ratisbonne (3)


Continuação do post anterior

Ao deixar o Padre Villefort, fomos dar graças a Deus, em primeiro lugar em Santa Maria Maggiore, nossa cara basílica da Santíssima Virgem, e depois na de São Pedro.

É impossível transmitir uma idéia do transporte de Ratisbonne quando esteve nessas igrejas.

“Ah”, dizia ele, apertando minhas mãos, “agora eu entendo o amor dos católicos por suas igrejas, e a devoção que os leva a embelezá-las e adorná-las! Como é bom estar aqui! Querer-se-ia nunca deixá-las! Aqui não estamos mais na terra, é o vestíbulo do céu ...”

Diante do altar do Santíssimo Sacramento, a Presença Real de Jesus o impressionava de tal maneira que ele ficaria quase fora de si se não fosse afastado logo e levado para longe. Ficava aterrorizado pela idéia de comparecer perante o Deus vivo maculado como estava pelo pecado original. Apressou-se a se refugiar na capela da Virgem.

‒ “Aqui”, ele me disse: “não posso ter medo. Sinto-me sob a proteção de uma misericórdia ilimitada”.

Ele rezou com grande fervor diante do túmulo dos santos Apóstolos. A história da conversão de Paulo, que eu lhe narrei, o fez derramar lágrimas abundantes.

Ele ficou admirado pelo poderoso afeto, aliás póstumo, para usar sua própria expressão, que o unia a M. de Laferronnays, e pretendia passar a noite ao lado de seus restos mortais, pois, dizia ele, este era seu dever imposto pela gratidão. Mas o padre Villefort, vendo que ele estava exausto de fadiga, contrariando este desejo piedoso, aconselhou-o prudentemente a não permanecer além das 22 horas.

Em seguida, Ratisbonne nos disse que na noite anterior não havia sido capaz de dormir, que ele tinha sempre diante dos olhos uma grande cruz, de uma forma peculiar, sem a imagem de Cristo que ficava constantemente diante dele.

‒ “Eu fiz”, disse ele, “esforços incríveis para afastar essa visão, mas todos foram infrutíferos”.

Algumas horas depois, observando casualmente o reverso da Medalha Milagrosa, ele reconheceu a mesma Cruz!


Afonso (em pé) e seu irmão Teodoro, sacerdotes
Enquanto isso, eu estava muito impaciente querendo voltar a ver a família Laferronnays. Eu levava notícias consoladoras para eles no momento em que se despediam dos restos venerados daquele que eles choravam.

Entrei na câmara mortuária em um estado de agitação, quase se poderia dizer de alegria, que chamou a atenção de todos os presentes porque compreenderam que eu tinha algo gravemente importante para comunicar. Todos eles me acompanharam até uma sala adjacente, e eu às pressas relatei o acontecimento.

Eu tinha trazido boas novas do Céu. As lágrimas de dor em um momento foram transformadas em lágrimas de gratidão. Aqueles pobres corações aflitos podiam agora suportar com perfeita resignação cristã o mais cruel dos sacrifícios que cobra a morte, o último adeus aos restos daquele que eles tinham amado...

Mas eu estava ansioso para voltar a ver o filho que o Céu tinha acabado de me dar. Ele me implorou para não deixá-lo sozinho porque precisava de um amigo em cujo coração derramar as profundas emoções daquele dia.

Igreja do Miracolo
Sant'Andrea delle Frate, Roma
Perguntei-lhe uma e outra vez as circunstâncias da visão milagrosa. Ele próprio não sabia explicar como ele passou do lado direito da igreja para a capela que está à esquerda, sendo que entre a capela e o local onde estava se encontravam os preparativos para o serviço fúnebre.

Tudo o que ele sabia era que se viu de repente de joelhos, prostrado diante desse altar.

De início, ele pôde ver claramente a Rainha do Céu em todo o esplendor de sua beleza imaculada, mas seu olhar não conseguiu suportar o brilho daquela luz divina.

Busto no local da conversão.
Três vezes ele tentou olhar mais uma vez a Mãe de Misericórdia, e três vezes só foi capaz de elevar seus olhos até suas mãos abençoadas, a partir das quais brotava uma torrente de graças em forma de feixes luminosos.


‒ “Ó meu Deus”, exclamou ele, “mas eu, que meia hora antes estava blasfemando ainda! Eu, que sentia um ódio tão violento contra a religião católica!... Mas todos os que me conhecem sabem muito bem que, humanamente falando, eu tinha os mais soberbos motivos para continuar a ser um judeu... Minha família é judaica, minha noiva é judia, meu tio é um judeu... Ao me tornar católico, eu rompo com todos os interesses e todas as esperanças que tenho na terra e, entretanto, eu não sou louco, vê-se claramente que eu não sou louco, que eu nunca fui louco! Portanto, devem acreditar em meu testemunho”.


(Fonte: Theodore de Bussières, “La conversione di Alfonso Maria ratisbonne”, Ed. Amicizia Cristiana, 2008, Chieti, 63 p., páginas 18-25.)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A sociedade ideal é aquela em que todos os membros são bons católicos


O ideal cristão da perfeição social

Se admitirmos que em determinada população a generalidade dos indivíduos pratica a Lei de Deus, que efeito se pode esperar daí para a sociedade? Isto equivale a perguntar se, em um relógio, cada peça trabalha segundo sua natureza e seu fim, que efeito se pode esperar daí para o relógio? Ou, se cada parte de um todo é perfeita, o que se deve dizer do todo?

Há sempre algum risco em exemplificar com coisas mecânicas, em assuntos humanos. Atenhamo-nos à imagem de uma sociedade em que todos os membros fossem bons católicos, traçada por Santo Agostinho: imaginemos “um exército constituído de soldados como os forma a doutrina de Jesus Cristo, governadores, maridos, esposos, pais, filhos, mestres, servos, reis, juízes, contribuintes, cobradores de impostos como os quer a doutrina cristã! E ousem (os pagãos) ainda dizer que essa doutrina é oposta aos interesses do Estado! Pelo contrário, cumpre-lhes reconhecer sem hesitação que ela é uma grande salvaguarda para o Estado, quando fielmente observada” (Epíst. CXXXVIII al. 5 ad Marcellinum, cap. II, n. 15).

E em outra obra o Santo Doutor, apostrofando a Igreja Católica, exclama:

“Conduzes e instruis as crianças com ternura, os jovens com vigor, os anciãos com calma, como comporta a idade não só do corpo mas da alma. Submetes as esposas a seus maridos, por uma casta e fiel obediência, não para saciar a paixão, mas para propagar a espécie e constituir a sociedade doméstica.

Conferes autoridade aos maridos sobre as esposas, não para que abusem da fragilidade do seu sexo, mas para que sigam as leis de um sincero amor. Subordinas os filhos aos pais por uma terna autoridade. Unes não só em sociedade, mas em uma como que fraternidade os cidadãos aos cidadãos, as nações às nações, e os homens entre si, pela recordação de seus primeiros pais. Ensinas aos reis a velar pelos povos, e prescreves aos povos que obedeçam os reis. Ensinas com solicitude a quem se deve a honra, a quem o afeto, a quem o respeito, a quem o temor, a quem o consolo, a quem a advertência, a quem o encorajamento, a quem a correção, a quem a reprimenda, a quem o castigo; e fazes saber de que modo, se nem todas as coisas a todos se devem, a todos de deve a caridade e a ninguém a injustiça” (De Moribus Ecclesiae, cap. XXX, n. 63).

Seria impossível descrever melhor o ideal de uma sociedade inteiramente cristã. Poderia em uma sociedade a ordem, a paz, a harmonia, a perfeição ser levada a limite mais alto? Uma rápida observação nos baste para completar o assunto. Se hoje em dia todos os homens praticassem a Lei de Deus, não se resolveriam rapidamente todos os problemas políticos, econômicos, sociais, que nos atormentam? E que solução se poderá esperar para eles enquanto os homens viverem na inobservância habitual da Lei de Deus?

A sociedade humana realizou alguma vez este ideal de perfeição? Sem dúvida. Di-lo o imortal Leão XIII: operada a Redenção e fundada a Igreja, “como que despertando de antiga, longa e mortal letargia, o homem percebeu a luz da verdade, que tinha procurado e desejado em vão durante tantos séculos; reconheceu sobretudo que tinha nascido para bens muito mais altos e muito mais magníficos do que os bens frágeis e perecíveis que são atingidos pelos sentidos, e em torno dos quais tinha até então circunscrito seus pensamentos e suas preocupações. Compreendeu ele que toda a constituição da vida humana, a lei suprema, o fim a que tudo se deve sujeitar, é que, vindos de Deus, um dia devamos retornar a Ele.

“Desta fonte, sobre este fundamento, viu-se renascer a consciência da dignidade humana; o sentimento de que a fraternidade social é necessária fez então pulsar os corações; em conseqüência, os direitos e deveres atingiram sua perfeição, ou se fixaram integralmente, e, ao mesmo tempo, em diversos pontos, se expandiram virtudes tais, como a filosofia dos antigos sequer pôde jamais imaginar. Por isto, os desígnios dos homens, a conduta da vida, os costumes tomaram outro rumo. E, quando o conhecimento do Redentor se espalhou ao longe, quando sua virtude penetrou até os veios íntimos da sociedade, dissipando as trevas e os vícios da antigüidade, então se operou aquela transformação que, na era da Civilização Cristã, mudou inteiramente a face da terra” (Leão XIII Encíclica “Tametsi futura prospiscientibus”, I-XI-1900).

Fonte: http://americaneedsfatima.blogspot.com/AASCj

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Reze pelos cristãos suiços – Islâmicos pedem tirar a Cruz da bandeira da Suíça


Second@s Plus, associação de imigrantes islâmicos na Suíça anunciou uma campanha nacional visando remover a Cruz branca da bandeira nacional, informou o Hudson Institute, secção de New York, especializado em geoestrategia.

O grupo argumenta que é um “símbolo cristão que não mais corresponde à Suìça multicultural de hoje”. Ivica Petrusic, vicepresidente do grupo muçulmano, explicou que a Cruz ofende os imigrantes maometanos e que os suíços, portanto, deveriam escolher outro símbolo.

Para Petrusic, “é necessário separar a Igreja do Estado”. Ele ainda escarneceu dos suíços dizendo que não acreditam mais na Cruz.

O líder islâmico propôs uma bandeira verde, vermelha e amarela, mais parecida com as da Bolivia e de Ghana. Na verdade, é um meio termo rumo a uma futura bandeira com as cores rituais islâmicas: verde, vermelho, preto e branco.

Símbolos corânicos figuram nas bandeiras de muitos países islâmicos e quem falasse em remové-los poderia ser judicialmente condenado à morte.

E naqueles onde há minorías cristãs, ninguém ousa falar em multiculturalismo. Pelo contrário, só se houve falar em perseguição religiosa.

O conservador Partido do Povo Suíço (SVP), o maior do país, recusou a proposta como “totalmente inaceitável”. Termos análogos foram empregados pelos porta vozes do Partido Democrata Cristão (CVP) e Liberal.

A reação imediata dos grandes partidos foi um sinal que eles perceberam a periculosidade da proposta e as conotações explosivas que a envolvem.

Na Suíça há por volta de 400.000 muçulmanos, que possuem 200 mesquitas e 1.000 locais de culto. Eles promovem uma infinidade de processos jurídicos para impor os preceitos islâmicos nos costumes do país.

O chefe da comunidade islâmica da Basiléia foi processado por pregar a implantação da Lei Islâmica (sharia) no país e a flagelação pública de mulheres, tendo sido liberado em nome da “liberdade de expressão”. Nos países islâmicos, um pregador público do Evangelho pode ser condenado à morte.

Em 2009 os suíços aprovaram em plebiscito a proibição constitucional dos minaretes, e em 2010 exigiram pelo mesmo processo regras severas contra os imigrantes condenados por crimes graves.

Por causa dessas decisões livres e democráticas de bom senso, o país foi vituperado pelas esquerdas internacionais, inclusive as católicas “ecumênicas”. Hoje, a referida absurda exigência de abolir a Cruz, símbolo nacional, agrada às mesmas esquerdas laicistas e anticristãs.

Fonte: Blog Luz de Cristo/ADF

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Renasceu em mim a fé


Renasceu de novo em mim a fé…

No Evangelho segundo São Marcos capítulo 10, 46 ss, encontramos a história de um homem que teve a sua fé renovada, transformada!
Como o próprio Evangelho narra, Bartimeu vivia à beira do caminho, numa atitude de desistência da vida, dele mesmo e de Deus. Porém, o dia reservava algo de diferente para Bartimeu: o Filho de Deus iria passar perto dele.
Bartimeu – cansado da rotina, de tantos problemas, tantas situações que ainda não foram resolvidas – ouve dizer que o Filho de Deus vai passar por ali a qualquer momento. Ele poderia ter pensado: “O Filho de Deus passando por aqui? Não acredito. E mesmo se passar, por quê vai perder tempo com um cego que vive mendigando à beira do caminho?” Ou seja, o cego não tinha esperança. No entanto, aquele momento da passagem de Jesus era a sua única chance de “ver” alguma mudança na sua vida. E essa mudança aconteceu!
É exactamente o que acontece connosco. Muitas vezes pensamos que Jesus não vai parar para nos ouvir, muitas vezes achamos que as pessoas nos vão calar, mas esquecemos que o Senhor escuta a voz do coração!
Jesus certamente ouviu as pessoas mandando o cego ficar calado, mas porque o Senhor já o conhecia, assim como nos conhece, mandou-o chamar, pois ouviu o grito da alma de Bartimeu.
Acreditamos que mudar de casa, de emprego, de amizades, comprar algo novo, realizar mais um sonho, que estas atitudes mudam a nossa vida. Bartimeu também procurou muitas coisas para solucionar a sua condição de cegueira – não só a física mas a cegueira da alma, que já estava insensível às coisas e a Deus – no entanto, é a visita do Senhor que realiza tudo isto.
Hoje, nalgum momento do dia, o Filho de David vai passar e este será o momento de tu gritares.
A esperança visitou o seu coração e o sopro de Deus levantou aquele homem que vivia à beira do caminho. E Jesus realizou em Bartimeu aquilo que o seu coração queria: VER!
É isso mesmo que o Senhor quer realizar na minha e na tua vida hoje: levanter-nos! Fazer-nos VER a vida a partir deste encontro!
Não importa se pelo cansaço e decepções da vida acabamos por ficar à beira do caminho. Não importa se na nossa fraqueza e limitação deixamos o nosso coração insensível e desesperançoso. O que importa é que, hoje, nalgum momento do dia, o Filho de David vai passar e esse será o momento de tu gritares: Jesus Filho de David, tem compaixão de mim!
Pode ser agora mesmo. É o próprio Senhor quem te está a lembrar que é só gritar, é só chamá-Lo que Ele está disposto a ouvir-te!
Tenta! Experimenta! Nunca ficou decepcionado quem gritou pelo Senhor!
Vai à Santa Missa, procura um sacerdote para a confissão, um grupo de oração, encontra-te com o Senhor!
Levanta-te! Deita a capa fora, a capa da tristeza, dos vazios interiores, das carências e grita para Deus te ouvir. Se não podes gritar de onde estás, o Senhor escuta o grito da tua alma! Tem a certeza disto!
É esta fé adormecida que o Senhor quer fazer renascer no meu e no teu coração!

Fonte JAM

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Diálogos com São Tomás de Aquino – Criação e queda dos anjos


DA CRIAÇÃO DOS ANJOS

- Criou Deus imediatamente a todos os anjos?

- Sim, Senhor; porque todos são espíritos puros, e não podiam de outro modo vir à existência (LXI,1).

- Quando foram criados?

- No princípio dos tempos e no mesmo instante que os elementos do mundo material (LXI,3).

- Foram criados os anjos nalgum lugar corpóreo?

- Sim, Senhor; porque assim convinha aos desígnios da divina Providência.

- Como chamamos o lugar em que foram criados?

- Chamamo-lo ordinariamente céu e também céu empíreo (LXI,4).

- Que coisa é o céu empíreo?

- Um lugar ameníssimo, pleno de luz e resplendor, resumo e compêndio das maiores delícias do mundo corporal (Ibid).

- O céu empíreo é o mesmo que o céu bem-aventurados, ou simplesmente céu?

- Sim, Senhor (Ibid).

DA TENTAÇÃO DOS ANJOS

- Em que estado foram creidos os anjos?

- No estado de graça (LXII,3).

- Que entendei quando afirmais que foram criados em estado de graça?

- Que no primeiro instante da sua criação, receberam, conjuntamente com a natureza, a graça santificante que os fazia filhos adotivos de Deus e, por seu mérito, podiam alcançar a glória eterna (LXII,1,2,3).

- Foi necessário que os anjos merecessem a glória por virtude de algum ato livre?

- Sim, Senhor (LXII,4).

- Em que consistiu aquele ato de seu livre alvedrio?

- Em seguir o movimento da graça que os inclinava a submeter-se a Deus por inteiro, para receberem Dele com acatamento e ação de graças, o dom da glória que lhes havia prometido (Ibid).

- Necessitaram muito tempo para escolher, debaixo do influxo da graça, a submissão ou a rebeldia?

- Um só instante.

- Feita a devida escolha, foram imediatamente admitidos ao gozo da Bem-aventurança?

- Sim, Senhor (LXII,5).

QUEDA DOS ANJOS

- Permaneceram fiéis todos os anjos na prova meritória, a que Deus os submeteu?

- Não, Senhor (LXIII,2,3).

- Por que recusaram alguns submeter-se a Deus?

- Por sentimento de orgulho, por quererem ser como Deus e gozar a felicidade, independentemente das divinas disposições (LXIII,2,3).

- Este ato de soberba foi pecado grave?

- Foi tão grande que provocou imediatamente a ira divina.

- E Deus, justamente indignado, que fez para castigá-los?

- Precipitou-os no inferno para que ali padeçam tormentos eternos (LXIV,4).

- Que nome têm os anjos rebeldes e condenados ao inferno?

- Chamam-se demônios (LXIII,4).

SALVÉ RAINHA

domingo, 16 de outubro de 2011

Por que fazer promessas a santos?


Procissão do Círio de Nazaré em Belém do Pará. Os devotos pagam promessas segurando a corda do sírio, levando nas costas objetos representando as graças alcançadas e etc…
A prática de promessas feitas a Deus ou aos santos tem fundamento na Sagrada Escritura (cf. Gn 28,20-22; 1Sm 1,11). Contudo verifica-se que os autores bíblicos faziam advertências aos fiéis no sentido de não prometerem o que não pudessem cumprir (cf. Ecl 5,4).No Novo Testamento, São Paulo quis submeter-se às obrigações do voto do nazireato (cf. At 18,18; 21,24). Portanto, a prática das promessas como tal não é má.

É certo, porém, que as promessas não obrigam a Deus Nosso Senhor a conceder, obrigatoriamente, o que se lhe pede, pois nem sempre aquilo que é solicitado fará bem à santificação da pessoa. Nesse caso, a Bondade divina – que nunca deixa de atender nossos pedidos, sobretudo se feitos por intermédio de Nossa Senhora – atende-os da forma que for mais conveniente ao fim para o qual nascemos: conhecer, a amar e servir a Deus aqui na terra e assim salvar nossa alma.

Algumas pessoas não têm noção clara do porquê das promessas ou prometem sacrifícios que elas acabam não podendo cumprir. Daí surgem duas obrigações para quem tem o encargo de orientar as almas:

1) mostrar-lhes que as promessas não se destinam a dobrar a vontade de Deus, como se Senhor Jesus Cristo pudesse ver-se obrigado a atender pedidos dos quais provenham com efeitos maus para quem solicita. O próprio Nosso Senhor nos ensinou: “Se for possível, afaste de mim esse cálice”;

2) procurar incutir confiança, força e perseverança, com a noção de que o católico é filho de Deus, Nossa Senhora é nossa Mãe, e, por isto, devemos rezar com um amor filial.

A Sagrada Escritura nos mostra pessoas que, em situações difíceis, prometeram fazer algo, caso fossem ajudadas pelo Senhor. Por exemplo, Jacó ao fugir para a Mesopotâmia, exclamou: “Se Deus for comigo, se me proteger na viagem que empreendi, e se me der pão para comer, e vestido para me cobrir, e eu voltar felizmente à casa de meu pai, o Senhor será o meu Deus, e esta pedra, que erigi em padrão, será chamada casa de Deus; e de todas as coisas que me deres te oferecerei o dízimo” (Gn 28, 20-22).

Ana, mãe de Samuel, era estéril e fez a seguinte promessa: “Senhor dos exércitos, se vos dignardes olhar para a aflição da vossa serva e… lhe derdes um filho varão, eu o darei ao Senhor durante todos os dias de sua vida e não passará navalha sobre a sua cabeça” (1Reis 1,11).

A própria Escritura Sagrada chama a atenção com respeito à prudência necessária no tocante às promessas: “É muito melhor não fazer promessas do que, depois de as fazer, não as cumprir” (Eclesiastes 5,4). Havia também quem quisesse cumprir as suas promessas oferecendo o que tinha de menos digno ou valioso.

É o que observa o Senhor por meio do profeta Malaquias: “Trazeis animal roubado, coxo ou doente e o ofereceis em sacrifício. Posso eu recebê-lo de vossas mãos, com agrado?… Maldito seja o homem enganador, que tem no seu rebanho um animal são, e fez voto dele ao Senhor, e lhe sacrifica um doente” (Ml 1, 13s).

Com o tempo os mestres de Israel procuravam restringir a prática das promessas, pois podiam tornar-se um entrave para a verdadeira piedade. Todavia não consta que Nosso Senhor tenha condenado o costume de fazer promessas como tal; ao contrário, no Novo Testamento consta a prática de S. Paulo, que terá sido a dos católicos da Igreja já naquela época: “E (São) Paulo, navegou para a Síria (e com ele Priscila e Áquila), depois de ter cortado o cabelo em Cencris, porque tinha feito um voto” (At 18,18). “Disseram os judeus a Paulo: “Temos aqui quatro homens, que têm um voto sobre si. Toma-os contigo, e santifica-te com eles; e faze por eles os gastos (dos sacrifícios) a fim de que rapem as cabeças; e saberão todos que é falso o que ouviram de ti, e que caminhas ainda guardando a lei” (At 21, 23s).

Em síntese, a prática de promessas não é má, pois a S. Escritura não a rejeita, mas, ao contrário, torna-se objeto de determinações legais, como consta de alguns textos.

Por exemplo, Números 30,4-6: “Se um homem fizer um voto ao Senhor ou se obrigar com juramento, não faltará à sua palavra, mas cumprirá tudo o que prometeu. Se uma mulher fizer um voto e se obrigar com juramento, estando em casa de seu pai e ainda em idade jovem, se o pai teve conhecimento do voto que ela fez e do juramento com que se obrigou, e não disse nada, ela está obrigada ao seu voto; cumprirá de fato tudo o que prometeu e jurou fazer”.

As promessas ou votos não são feitas para atrair favores de Deus como se atrairia de uma pessoa poderosa capaz de ser aliciada por médio de dádivas. Todavia, ao determinar que nos daria as graças necessárias, Deus quis incluir no seu desígnio a colaboração do homem, levando em conta as orações que Lhe fazemos. As promessas e os sacrifícios são o testemunho da nossa devoção.

Há pessoas que, depois de receber as graças pedidas a Deus, se vêem em dificuldades e até mesmo impossibilitadas de cumprir o que prometeu. Nesse acaso deve procurar um sacerdote e pedir-lhe que troque a matéria da promessa. Esta solução condiz com os textos sagrados que, de um lado, exortam a não deixar de cumprir o prometido (cf. Ecl 5,3), e, de outro lado, prevêem a situação dos fiéis e a possibilidade de comutação das promessas por parte dos sacerdotes.

Entre as práticas que mais se podem recomendar, estão as três clássicas que o Evangelho mesmo propõe: a oração, a esmola e o jejum (cf. Mt 6,1-18).

Com efeito, a Santa Missa é o centro e o manancial, por excelência, da vida cristã, vida cristã que se nutre da oração; a esmola manifesta a caridade para com os necessitados (cf. 1Pd 4,8; Tg 5,20; Pr 10,12); o jejum e a mortificação purificam-nos das más paixões e nos fortalecem na prática da virtude. Se a promessa levar-nos ao exercício destas boas obras, certamente será salutar.

Fonte: excertos de Vocacionados Menores/ADF

Santa Edviges, viúva, +1243


Santa Edviges é a padroeira dos pobres e endividados. Ela nasceu em Baviera, Alemanha no ano de 1174 . Casou-se com o duque da Silésia, Henrique I, quando tinha apenas 12 anos de idade, tendo com ele seis filhos. Foi uma mulher marcada pelo sofrimento, pois acompanhou a morte de um a um de seus filhos, restando-lhe apenas a filha Gertrudes. Como esposa Edviges soube ser exemplo e com dedicação, conseguiu conciliar os seus deveres e a sua dedicação ao serviço dos necessitados: protegia os órfãos e as viúvas, visitando hospitais, amparando a juventude carente, educando e instruindo-a na fé cristã. Contam os historiadores que Santa Edviges destinava quase tudo que tinha para socorrer os pobres e necessitados. Após a morte do marido, retirou-se para o convento onde a sua filha Gertrudes era abadessa, dedicando o resto dos seus dias à austeridade. Santa Edviges morreu no Mosteiro de Trebnitz, consumida pela penitência no dia 15 de Outubro de 1243.

sábado, 15 de outubro de 2011

O sim de Maria nos chama para a oração do Rosário


A festa de Nossa Senhora do Rosário foi instituída pelo Papa São Pio V, em 1571, em comemoração e agradecimento pela vitória dos católicos na batalha naval de Lepanto. Nesta batalha os católicos, em meio a recitação do Rosário, resistiram aos ataques dos turcos otomanos vencendo-os em combate.

No Rosário contemplam-se os mistérios da nossa Redenção, conduzindo-nos ao centro da Fé, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, justificando a célebre expressão “Tudo por Jesus e nada sem Maria”. Em todos os mistérios contemplados, a Santíssima Virgem está em união com Jesus e com o Pai, sendo que a ação é obra do Espírito Santo. Por isso, antes da contemplação de cada mistério, se louva o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

Deus nos ama e nos dá Maria Santíssima por mãe para que possamos conseguir forças para vencer em nossos trabalhos diários. Depois que Nosso Senhor Jesus Cristo foi para o céu, os apóstolos, juntamente com Nossa Senhora e as santas mulheres, permaneceram reunidos em oração.

Deus veio habitar entre nós por meio da Santíssima Virgem. Devemos aprender dEla, a humilde serva do Senhor , ser mais compreensivos e cumpridores dos ensinamentos e recomendações de Jesus Cristo. Deus, para intervir favoravelmente nos acontecimentos, espera nossos ardentes pedidos, como os de Nossa Senhora para vinda do Redentor Salvador da humanidade.

O reino de Deus precisa de operários zelosos e ardentes de zelo pela Sua glória. Se quisermos estar sempre perto de Deus, devemos pertencer à escola de Maria, rezar o terço, receber de maneira digna a Sagrada Eucaristia.

Baseado no blog Vocacionados Menores/ADF

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O demônio esclareceu


Nem o demônio é ateu, pois ele viu Deus. Mas uma coisa é certa: a maior "armadilha" do demônio é fazer crer que ele mesmo não existe. Por isso ele se esconde, não quer aparecer, apesar do seu desejo profundo: ser "senhor" deste mundo. Se ele aparecesse, certamente os homens veriam que ele existe e portanto se converteriam e isso o demônio jamais quereria. Por isso, se ele aparecesse, deveria aparacer como um "homem bom", para que pudesse atrair o maior numero de pessoas para suas falsas doutrinas (muito bem pensadas e articuladas). Portanto, não se iludam com as aparencias, não se iludam com "charmes" ou "cara de bonzinho". AS VERDADES DE SEMPRE SÃO ETERNAS. Deus não muda - diz Santa Teresa.

Recebí um e-mail muito interessante, embora não dissesse o autor do texto, resolvi publicá-lo:

Entrevista com o demônio:

QUEM O CRIOU?
Lúcifer : Fui criado pelo próprio Deus, bem antes da criação do homem. [Ezequiel 28:15]

COMO VOCÊ ERA QUANDO FOI CRIADO?
Lúcifer : Vim à existência já na forma completa e, como Adão, não tive infância. Eu era um símbolo de perfeição, cheio de sabedoria e formosura e minhas “vestes” foram preparadas com pedras preciosas. [Ezequiel 28:12,13]

ONDE VOCÊ MORAVA?
Lúcifer : No Jardim do Éden e caminhava no brilho das pedras preciosas do monte Santo de Deus. [Ezequiel 28:13]

QUAL ERA SUA FUNÇÃO NO REINO DE DEUS?
Lúcifer: Como serafim, minha função era guardar a Glória de Deus e conduzir os louvores dos anjos. Varri, com minha calda, um terço deles e os atirei à terra. [Ezequiel 28:14; Apocalipse 12:4]

ALGUMA COISA FALTAVA A VOCÊ?
Lúcifer : (reflexivo, diminuiu o tom de voz) Não, nada!

O QUE ACONTECEU QUE O AFASTOU DA FUNÇÃO DE MAIOR HONRA QUE UM ANJO PODERIA TER?
Lúcifer : Não aconteceu de repente. Um dia eu me vi, como num espelho, e percebi que sobrepujava os outros anjos (talvez não a Miguel ou Gabriel) em inteligência, beleza e força. Comecei então desejar ser adorado como deus. Do desejo passei à revolta contra Deus, com o brado “Non serviam” (Não servirei). Travei, com meus seguazes, uma enorme batalha no Céu, contra São Miguel e seus seguidores. Num determinado instante fomos precipitados para a terra e para o inferno, expulso do Santo Monte de Deus. [Isaías 14:13,14; Ezequiel 28: 15-17]

O QUE DETONOU FINALMENTE A SUA REBELIÃO?
Lúcifer : Quando percebi que Deus estava para criar alguém semelhante a Ele e, por conseqüência, superior a mim, não consegui aceitar. Manifestei então os verdadeiros propósitos do meu espírito. [Isaías 14:12-14]

O QUE ACONTECEU COM OS ANJOS SEUS SEQUAZES?
Lúcifer : Eles me seguiram e também foram expulsos. Formamos, juntos, o império das trevas. [Apocalipse 12:3,4]

COMO ENCARAS O HOMEM?
Lúcifer : (com raiva) Tenho ódio de toda criatura humana e faço tudo para perdê-las, pois eu as invejo. Eu é que deveria ser semelhante a Deus. [1Pedro 5:8]

QUAIS SÃO SUAS ESTRATÉGIAS PARA PERDER OS HOMENS?
Lúcifer : Meu objetivo maior é afastá-los de Deus. Eu estimulo a praticar o mal e confundo suas idéias com um mar de filosofias, pensamentos e religiões cheias de mentiras, misturadas com algumas verdades. Envio meus mensageiros travestidos, para confundir aqueles que querem buscar a Deus. Torno a mentira parecida com a verdade, induzindo o homem ao engano e a ficar longe de Deus, achando que está perto. E tem mais. Faço com que a verdadeira mensagem de Jesus Cristo pareça anacrônica, tento estimular o orgulho, a soberba, o egoísmo, a inimizade e o ódio dos homens. Trabalho arduamente com o meu séquito para desvirtuar e enfraquecer a verdadeira igreja, lançando divisões, desânimo, adultério, mágoas, friezas espirituais, avareza e falta de dedicação (ri às escaras). Tento destruir a vida dos pastores, principalmente com o sexo, ingratidão, falta de tempo para Deus e orgulho. [1Pedro 5:8; Tiago 4:7; Gálatas 5:19-21; 1 coríntios 3:3; 2 Pedro 2:1; 2 Timóteo 3:1-8; Apocalipse 12:9]

E SOBRE O FUTURO?
Lúcifer : (com o semblante de ódio) Eu sei que não posso vencer a Deus e por fim irei definitivamente ao lago de fogo, minha prisão eterna. Eu e meus anjos trabalharemos com afinco para levarmos o maior número possível de pessoas conosco. [Ezequiel 28:19; Judas 6; Apocalipse 20:10,15]

Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)

Estados Unidos: Bispos lançam comité para discutir liberdade religiosa no país


A liberdade religiosa está ameaçada nos Estados Unidos, ao ponto de justificar um novo comité ad hoc para enfrentar esta preocupação crescente, sustentam os bispos americanos. A Conferência Episcopal dos Estados Unidos (USCCB) anunciou a instituição do Comité Ad Hoc para a Liberdade Religiosa, presidido por D. William Lori, de Bridgeport (do Estado de Connecticut).

O apoio ao trabalho do comité incluirá a incorporação de dois membros, a tempo inteiro, à equipa da USCCB: um advogado especialista no direito relativo à liberdade religiosa e um representante de um grupo de pressão, que levantará as questões que têm a ver tanto com a liberdade religiosa e com o matrimónio.

Para D. Lori, de 60 anos, “este comité pretende enfrentar as crescentes ameaças à liberdade religiosa na nossa sociedade, de maneira que a missão da Igreja possa acontecer sem impedimentos e de forma também a que os direitos dos crentes qualquer religião, ou de nenhuma, possam ser respeitados”, acrescentou.

Na sua carta aos bispos, para anunciar a instituição do comité, D. Timothy Dolan, presidente da USCCB, afirmou que a liberdade religiosa, “para os cristãos e as pessoas de fé, está sempre sob ataque na América, de formas sem precedentes”. “Isso é sobretudo por um número cada vez maior de programas e de políticas do governo federal que violariam o direito de consciência das pessoas de fé ou prejudicariam o princípio de base da liberdade religiosa”, observou.

O arcebispo acrescentou que “a instituição de um comité ad hoc é um elemento que marcará um momento novo na história da nossa Conferência”. “Nunca antes havíamos enfrentado este tipo de desafio à nossa capacidade de comprometer-nos no âmbito público como pessoas de fé e prestadoras de serviços. Se não agirmos agora, as consequências serão graves.”

Departamento de Informação da Fundação AIS

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