Viver o hoje de Deus
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Muito se tem especulado estes dias sobre a saúde do Papa, sobre a sua
proximidade com a morte, sobre uma eventual renúncia e sobre a sua
sucessão. Desde a...
Há 3 horas
Inquietude
Luz fulgurante do Natal, vinda de Belém, irrompe sobre o nosso mundo, carente de vida e vida em plenitude, varrendo para longe dos corações o mal, as trevas e a morte e reavivando a esperança, pois, é tempo de “reavivar o pavio prestes a apagar-se” (Is 41, 3).
Luz fraterna do Natal, vinda de Belém, reúne ao redor da mesma mesa pais e filhos, irmãos e irmãs separados pela discórdia, pois, “felizes os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus” (Mt 5, 9).
Luz trinitária do Natal, vinda de Belém, brilha na mente dos homens e mulheres, que sonham a utopia de um mundo renovado a partir da igualdade, da justiça e do respeito. “Assim, que a vossa Luz brilhe também diante dos homens, para que vejam as boas obras que fazeis e louvem o Pai que está nos céus” (Mt 5, 16).
Luz confortante do Natal, vinda de Belém, acalenta os corações sofridos, abandonados, solitários, doentes, magoados pelas cruzes e revezes de um caminho íngreme, de um calvário sem fim, pois, aguardam ansiosamente “um novo céu e uma nova terra...” (Ap 21, 4).
Luz pacífica do Natal, vinda de Belém, reconcilia os povos, as nações em conflitos intermináveis, ceifando vidas inocentes, aos milhares, pois, “o povo que vivia nas trevas viu uma grande luz; e essa Luz brilhou para os que viviam na região escura da morte” (Mt 4, 16)
Luz terna no Natal, vinda de Belém, aconchega no teu regaço de calor e vida, tantas mães sem paz, com os filhos na droga, na prisão, no crime, na prostituição, na fome... pois, assim dizendo o Senhor: “Mesmo que os montes se retirem e as colinas vacilem, o meu amor nunca se vai afastar de ti, a minha aliança de paz não vacilará, diz o Senhor, que se compadece de todos” (Is 54, 10).
Luz abençoada do Natal, vinda de Belém, vem qual orvalho da manhã, sobre os aqueles de boa vontade, tornando-os firmes no seu caminho de promotores da vida, com iniciativas novas, fazendo acontecer no coração da humanidade o projecto do Pai. “Não tenha medo, pois eu estou contigo. Eu fortaleço, e ajudo e dou o sustento com a minha direita vitoriosa” (Is 41, 10).
Luz libertadora do Natal, vinda de Belém, enche de verdade a mente dos que têm nas mãos o destino de pessoas, grupos e nações, inspirando-lhes princípios de vida digna e respeito para todos, pois Deus, como Pastor, cuida do rebanho, e com o seu braço o reúne; leva os cordeirinhos no colo e guia mansamente as ovelhas que amamentam (Is 40, 11).
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«Fui baptizada em criança. durante a revolução Cultural, os católicos eram perseguidos. Espancaram-me e eu abandonei a fé. durante esses anos, não dei glória a Deus. Mas mesmo não tendo sido sempre fiel, acredito que Deus é o verdadeiro Deus.» | «O meu baptizado realizou-se na Igreja patriótica. Mais tarde, descobri que existem duas Igrejas, a patriótica e a clandestina. Por isso, comecei a rezar, pedindo a Deus que me fizesse compreender qual delas é a verdadeira igreja.» | «Leio a Bíblia com outras pessoas e converso com elas sobre a vida cristã. Faço visita a idosos e doentes. No Verão, dou aulas de catequese aos jovens, para ensinar os ensinamentos da Igreja. Em aldeias como estas, a maioria das pessoas não sabem nada sobre o Cristianismo, mas vêem como os católicos rezam com os doentes e isso ajuda-as a compreender que Deus nos ama.» |
Nas viagens da Fundação AIS à China, os sacerdotes repetem-nos como dependem dos Estipêndios de Missa. Alguns não possuem nenhum outro rendimento além das ofertas que os benfeitores da Fundação AIS lhes enviam para que celebrem uma Missa pelas suas intenções.
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Em 1548, após um retiro em Coimbra, decidiu-se pela vida religiosa, entrando ma Companhia de Jesus. Revelou-se excelente religioso, tendo sido nomeado reitor do Colégio Santo António em Lisboa, antes mesmo de terminar o curso de teologia, apenas com 26 anos de idade. Após o fim do seu curso, foi mandado a Braga, para assessorar o bispo da cidade na reforma da Diocese. No ano de 1565, São Francisco Borja confiou a Inácio a inspeção das missões das Índias e do Brasil, durando esta visita cerca de três anos. No seu relatório, Inácio pedia reforços e São Francisco de Borja ordenou-lhe que recrutasse em Portugal e Espanha elementos para o Brasil. Após cinco meses de intensos preparativos religiosos, no dia 5 de Junho de 1570, Inácio e mais 39 companheiros, partiram no navio mercante São Tiago enquanto outros trinta companheiros seguiam em barcos de guerra. Jacques Sourie, que partiu de La Rochelle para capturar os jesuítas, alcançou-os e estes, após muita luta, foram dominados pelos calvinistas; Sourie declarou salvar a vida de todos os sobreviventes com excepção dos jesuítas; estes foram cruelmente degolados. O número de mártires chegou a 40, pois também foi degolado um postulante que havia sido recrutado durante a viagem. Dos seus quarenta companheiros de martírio, nove eram espanhóis e os demais portugueses. O culto desses mártires foi confirmado pelo Papa Pio IX em 1854. |
Tendo então o nome de Fernando, fez na vizinha Sé os seus primeiros estudos, tomando mais tarde, em 1210 ou 1211, o hábito de Cónego Regrante de Santo Agostinho, em São Vicente de Fora, pela mão do Prior D. Estêvão. Ali permaneceu até 1213 ou 1214, data em que se deslocou para o austero Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, onde realizou os seus estudos superiores em Direito Canónico, Ciências, Filosofia e Teologia. Segundo a tradição, talvez um pouco lendária, o Santo tinha uma memória fora do comum, sabendo de cor não só as Escrituras Sagradas, como também a vida dos Santos Padres. As relíquias dos Santos Mártires de Marrocos que chegaram a Coimbra em 1220, fizeram-no trocar de Ordem Religiosa, envergando o burel de Frade Franciscano e recolher-se como Eremita nos Olivais (em Coimbra). Foi nessa altura que mudou o seu nome para António e decidiu deslocar-se a Marrocos, onde uma grave doença o reteve todo o inverno na cama. Decidiram os superiores repatriá-lo como medida de convalescença. Quando de barco regressava a Portugal, desencadeou-se uma enorme tempestade que o arrastou para as costas da Sicília, sendo precisamente na Itália que iria revelar-se como teólogo e grande pregador. Em 19 de Março de 1222, em Forli, falou perante religiosos Franciscanos e Dominicanos recém ordenados sacerdotes e tão fluentemente o fez que o Provincial pensou dedicá-lo imediatamente ao apostolado. Fixou-se em Bolonha onde se dedicou ao ensino de Teologia, bem como à sua leitura. Exercendo as funções de pregador, mostrou-se contra as heresias dos Cátaros, Patarinos e Valdenses. Seguiu depois para França com o objectivo de lutar contra os Albijenses e em 1225 prega em Tolosa. Na mesma época, foi-lhe confiada a guarda do Convento de Puy-en-Velay e seria custódio da Província de Limoges, um cargo para que foi eleito pelos Frades da região. Dois anos mais tarde instalou-se em Marselha, mas brevemente seria escolhido para Provincial da Romanha. Assistiu à canonização de São Francisco em 1228 e deslocou-se a Ferrara, Bolonha e Florença. Durante 1229 as suas pregações dividiram-se entre Vareza, Bréscia, Milão, Verona e Mântua. Esta actividade absorvia-o de tal maneira que a ela passou a dedicar-se exclusivamente. Em 1231, e após contactos com Gregório IX, regressou a Pádua, sendo a Quaresma do ano seguinte marcada por uma série de sermões da sua autoria. Instalou-se depois em casa do Conde de Tiso, seu amigo pessoal, onde morreu em 1231 no Oratório de Arcela. O facto de ter sido canonizado um ano após a sua morte, mostra-nos bem qual a importância que teve como Homem, para lhe ter sido atribuída tal honra. Este acto foi realizado pelo Papa Gregório IX, que lhe chamou "Arca do Testamento". Considerado Doutor da Igreja e alvo de algumas biografias, todos os autores destas obras são unânimes em considerá-lo como um homem superior. Daí os diversos atributos que lhe foram conferidos: "Martelo dos hereges, defensor da fé, arca dos dois Testamentos, oficina de milagres, maravilha da Itália, honra das Espanhas, glória de Portugal, querubim eminentíssimo da religião seráfica, etc.". Com a sua vida, quase mítica, quase lendária, mas que foi passando de geração em geração, e com os milagres que lhe foram atribuídos em bom número, transformou-se num taumaturgo de importância especial. |