sábado, 31 de março de 2012

Frase do Dia

Faz aos outros aquilo que desejas que seja feito a ti.

SMK

Com perservidade ainda maior revivem-se em nosso século as antigas perseguições do Império Romano – Parte 2


Cresce o ódio anticatólico em 2012

Na Somália, a lei islâmica Sharia castiga com morte por apedrejamento os convertidos ao cristianismo
A maior parte dessas perseguições é movida por sequazes do fanatismo muçulmano — indivíduos, grupos ou governos. Largamente tolerados no Ocidente, eles não admitem que em seus respectivos países alguém adore o verdadeiro Deus ou abrace a sua única Igreja — a católica — ou mesmo qualquer outra crença que não a islâmica. Fazê-lo é expor-se à morte.

Na Arábia Saudita, um dos maiores produtores mundiais de petróleo, o ódio anticristão — e em particular o anticatólico — é ferrenho. Existem documentários relatando os maus tratos recebidos por católicos filipinos que lá trabalhavam e que depois de sofrerem com suas famílias — inclusive filhos pequenos — pena de prisão por prática religiosa no interior de suas casas, foram severamente punidos e depois expulsos do país. Uma dessas vítimas ficou presa 18 meses e, entre outros maus tratos, recebeu 78 chibatadas!

Há ainda outros grupos sectários perseguidores de cristãos, como os hindus e budistas, que movem análoga perseguição por fanatismo religioso em alguns lugares da Índia, do Siri Lanka e da Birmânia, em escala menor devido às limitações de sua própria irradiação.

Segundo informação de 13 de janeiro de 2012 da “Agência Fides”, houve na Índia, no decurso de 2011, mais de dois mil casos de perseguições contra cristãos, a metade das quais no estado de Kanataka, sul do país. Outros estados citados são Orissa, Gujarat, Madhya Pradesh e Chhattisgarh.

Detalhando mais a informação — baseada no “Relatório 2011” do Fórum Católico Secular (CSF), organização ecumênica fundada por católicos indianos e apoiada pelo Cardeal Oswald Gracias, Arcebispo de Bombaim —, a “Agência Fides” noticia que o número de cristãos que sofreram agressões, ataques e perseguições elevou-se a 2.144, sem contar seus familiares, parentes e amigos, que constituem vítimas indiretas.

Tal número foi levantado com base em denúncias recebidas ou repercutidas na imprensa. Estima-se, contudo, que ele pode ser até três vezes maior. Para 2012 está previsto um incremento nas perseguições exercidas por grupos extremistas hindus, as quais são referidas pelo Relatório como “vírus que infecta a sociedade”.

Ao ódio islâmico soma-se o ódio comunista

Na Nigéria, país africano onde tem sido mais feroz a ofensiva islâmica, o dirigente da Associação Cristã da Nigéria (CAN), Ayo Oritsejafor, declarou que os ataques atuais contra os cristãos lembram a guerra civil que causou mais de um milhão de mortos nos anos 60, e poderiam significar uma “limpeza” religiosa. Os líderes cristãos decidiram então definir os meios necessários para se defender em face dos numerosos assassinatos praticados pelos perseguidores anticristãos. “Temos o direito legítimo de nos defender [...], custe o que custar” – advertiu, sem precisar que medidas seriam tomadas.

Respondendo a essas declarações, Khalid Aliyu, secretário-geral da Jama’atu Nasril Ilsam (JNI), que agrupa as organizações muçulmanas da Nigéria, declarou cinicamente: “Consideramos essas declarações como uma intimidação e uma ameaça contra os muçulmanos nigerianos”.

Desde o Natal, seis ataques visaram os cristãos, acarretando mais de 80 mortos. A maioria das investidas foi reivindicada pelo movimento islâmico Boko Haram, que deseja impor a sharia (lei islâmica) ao conjunto do país, o mais populoso da África, com 160 milhões de habitantes, informa a AFP.

Importa também mencionar as contínuas perseguições feitas pelos regimes comunistas chinês, vietnamita e norte-coreano — para citar apenas estes — contra os seguidores da fé católica e de outros credos, em grau maior ou menor. Mas nestas perseguições, como nas demais que analisaremos a seguir, está presente um germe não existente nas anteriores, pelo menos de modo explícito: o do igualitarismo, que é a metafísica e a espinha dorsal do socialismo e do comunismo.

Quanto ao regime comunista cubano — velho de meio século, já martirizou milhares de católicos nas suas insalubres prisões e no tétrico paredón.

Nesse ódio, o papel do Ocidente ex-cristão

Católicos nigerianos mortos pela sua fé em dezembro de 2011
Mas, enquanto tais modalidades de perseguições são promovidas por pagãos e comunistas, existe uma outra que, apesar de não usar da mesma violência física, não é menos grave ou cogente. Ao contrário das primeiras, que muitas vezes geram mártires, ela faz apóstatas.

Praticam-na governos, parlamentos, organizações internacionais e a mídia do próprio Ocidente outrora cristão, os quais fazem assim causa comum com comunistas e pagãos. Por meio de leis ímpias, de manifestações culturais blasfemas, de pressões favorecedoras de todo tipo de torpezas, além de outros meios, trabalham para alijar a religião e a moralidade da vida pública e privada, como também dos corações dos fiéis. Tudo em nome do laicismo de Estado!
Com uma agravante: enquanto nos países anteriormente citados a perseguição é praticada contra pessoas ou grupos de pessoas, no Ocidente ela se tem estendido até mesmo a nações. É o que está acontecendo no momento com a Hungria, ameaçada tenazmente por meio de uma curiosa frente inquisitorial comum, englobando a mídia, o governo Obama, a ONU e a União Europeia.

Seu “crime”? Ter “ousado” aprovar uma constituição baseada, entre outras coisas, em alguns princípios cristãos, estabelecendo que casamento é somente entre homem e mulher, proibindo toda e qualquer forma de aborto, e remontando à formação católica da nação húngara a partir do glorioso Santo Estevão.

Aos atuais opositores da Hungria — com a qual quase ninguém se incomodava na época em que gemia opressa pelo comunismo — pouco lhes importa que os mais disparatados absurdos e violações da própria Lei natural continuem sendo hoje perpetrados impunemente pelo regime comunista e ateu da Coréia do Norte contra uma população famélica e escravizada até em seus sentimentos!

Tampouco lhes importa minimamente o fato de televisões islâmicas fazerem emissões a países europeus e latino-americanos, incitando seus habitantes a aderir ao Alcorão e às suas derivações políticas. Só os indigna o fato de uma nação civilizada e soberana como a Hungria, adotar uma constituição baseada em preceitos do Evangelho para os quais a carta europeia atual voltou suas costas!

Também a Nigéria foi alvo da fúria do presidente norte-americano Barack Obama e do primeiro-ministro inglês David Cameron, que a recriminaram duramente e ameaçaram com sanções, pelo fato de naquele país africano, pobre em recursos materiais, mas rico em sanidade moral, terem sido aprovadas leis condenatórias de práticas homossexuais.

continua…

Fonte: Revista Catolicismo

domingo, 25 de março de 2012

Estudar o universo me ajudou a conhecer Cristo, diz astrônomo do Vaticano


9O irmão jesuíta Guy Consolmagno, astrônomo do Observatório Vaticano, afirmou que seu estudo do universo, através da ciência, o ajudou a entender melhor a pessoa de Cristo.

Consolmagno disse ao grupo ACI em entrevista que, apesar de que as pessoas freqüentemente têm a “louca idéia” de que a religião está em conflito com a ciência, esta “realmente é um de nossos melhores princípios para chegar a conhecer Deus”.

O jesuíta, que também se desempenha como curador da coleção de meteoritos do Vaticano, participou no dia 3 de março na Conferência “Viver a Fé Católica”, na Arquidiocese de Denver, Colorado (Estados Unidos).

Durante sua exposição, titulada “A Palavra se fez Carne”, o cientista planetário explicou que os ateus modernos tendem a pensar em Deus como uma simples força que “preenche os vazios” em nossa compreensão do universo.

“O uso de Deus para encher os vazios em nosso conhecimento é teologicamente traiçoeiro”, disse Consolmagno, porque minimiza Deus como apenas outra força dentro do universo antes que reconhecê-lo como a fonte da criação.

Para o jesuíta, quem acredita em Deus não deve ter medo da ciência, mas deve vê-la como um meio que Deus deu à humanidade para que O conheça melhor.

Consolmagno disse que ele acredita em Deus, “não porque é o fim de alguma cadeia lógica de cálculos”, mas porque experimentou “o que a física e a lógica me podem mostrar mas não explicar: a beleza, a razão e o amor”.

A primeira diferença entre o Consolmagno e os cientistas ateus, como Stephen Hawking, é que ele reconhece que Deus não é outra parte do universo que explica o inexplicável, mas sim o “logotipos” e “a razão mesma”.

O cientista jesuíta também falou em sua exposição sobre a fé necessária para abraçar o cristianismo, e disse que “só o Evangelho nos poderia dizer que o Verbo se fez carne e habitou entre nós” na forma de Jesus Cristo.

O Observatório Vaticano foi estabelecido em 1891 pelo Papa Leão XIII, perto da Basílica de São Pedro, mas foi transladado a uns poucos quilômetros fora de Roma em 1935, quando a poluição fez muito difícil a visibilidade. O Vaticano estabeleceu uma nova divisão do Observatório em Tucson, Arizona (Estados Unidos), em 1980, e construiu seu próprio telescópio em 1987.

Fonte: ACI Digital/ADF

Os Santos e a autêntica caridade cristã


S. Pedro Nolasco, filho de uma nobre família da Provença, era devotíssimo de Nossa Senhora. Em conseqüência de uma visão que tiveram São Pedro Nolasco, São Raimundo e o rei Jaime I, os três fundaram uma Ordem (a de Nossa Senhora das Mercês) para remir os cristãos cativos dos mouros. Os religiosos comprometer-se-iam, se necessário fosse, a resgatar os cristãos à custa da própria liberdade.

S. Pedro foi o primeiro a dar exemplo. Vendeu tudo quanto possuía, viveu paupérrimo, como bom religioso, e certa vez, que pregava na África, ficou como refém para libertar alguns cativos. Sofreu inúmeros e indizíveis martírios dos mouros naquelas terras dos bárbaros.

Recuperou, por fim, a liberdade, vindo a falecer aos 60 anos de idade, numa noite de Natal.

Seu corpo exalava um suave odor que encheu todo o convento, e seu rosto apresentava um resplendor celeste: eram o odor e o resplendor da santidade.

2) S. Pedro Claver foi, como todos os santos, um perfeito imitador de Jesus Cristo. Não se dedicou, como S. Pedro Nolasco, a remir os cativos, mas passou toda a sua vida no meio de escravos negros. Nascido em Vera, perto da cidade de Lérida, fez sua carreira eclesiástica em Barcelona. Aos 21 anos entrou na Companhia de Jesus, e logo embarcou para a América, onde ficava aguardando a chegada dos navios carregados de escravos negros. Explicava a eles a doutrina católica, curava os enfermos e purgava-lhes as chagas, chegando a beijá-las por mortificação e amor de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Conseguiu desta forma converter a muitos milhares de escravos. Mostravam-lhe gratos todos aqueles que, por seu ministério, se viam livres das enfermidades do corpo e da ignorância religiosa!

Fonte: “Tesouro de Exemplos” – P. Francisco Alves, C. SS. R.

COMENTÁRIO: É impressionante o movimento da graça nas almas. Ela torna o “homem quase anjo”, como diz a Escritura. Quando ele corresponde à graça, dá exemplos tanto para admirar como para seguir. Torna-se mais do Céu do que da terra. Este exemplo de São Pedro Claver é muito expressivo. Era assim que os ministros de Deus entendiam e praticavam o verdadeiro amor ao próximo, e não por meio de demagogia e incentivo à luta de classes, como alguns que falam sumariamente contra a riqueza, sem explicar que o mau está, antes de tudo, é no apego aos bens terrenos.
Fonte: ADF

A força de um terço


A 10 de março de 1615, em Glasgow (cidade da Escócia), o ilustre missionário jesuíta São João Ogilvie subia ao cadafalso.

Ia expiar com o suplício da forca, o “crime” de ter pregado o Evangelho, o “crime” de ser sacerdote católico.

Nessa hora suprema, de pé, em cima do estrado donde dominava vários milhares de espectadores, querendo deixar-lhes uma lembrança e, simultaneamente, um penhor daquela Fé pela qual se sentia feliz em morrer, pegou um único objeto que lhe restava, um terço, e arremessou-o com força para o meio da multidão.

Ora, aconteceu que o terço foi bater em cheio no peito de um rapaz húngaro, calvinista, João de Heckersdorff, que fazia viagens de estudo e recreio e nesse dia se encontrava casualmente em Glasgow.

Ele ficou profundamente emocionado. A lembrança daquele terço perseguiu-o em toda parte, até o dia em que abjurou a heresia em Roma, aos pés do Santo Padre. Disse inúmeras vezes, até morrer, que atribuía ao terço sua conversão.

Fonte: Revista “O Desbravador” - Orgão do Grêmio Cultural “Santa Maria”
Ano 7 – Outubro de 1986 – número 82.
Postado por Blog Almas Castelos às 09:06 (cortesia)

sábado, 17 de março de 2012

MENSAGEM

Prefiro os que me criticam, porque me corrigem, aos que me elogiam, porque me corrompem.

Santo Agostinho

As visões de Cristo sendo perseguido e os Herodes de nossos dias


Um dia apareceu Nossa Senhora à venerável Coleta, religiosa franciscana, e mostrou-lhe o Menino Deus todo chagado, dizendo-lhe então:

“Vê, assim é que os pecadores tratam continuamente meu Filho; renovam-lhe sua morte e minhas dores. Reza muito, minha filha, reza por eles para que se convertam”.

Semelhante visão teve irmã Joana de Jesus e de Maria. Meditando na perseguição feita ao Menino Deus por Herodes, ouviu um ruído, como se gente armada andasse perseguindo alguém.

Viu em seguida um menino muito formoso que, completamente esgotado, buscava refúgio junto dela. Joana – disse-lhe o Menino – ajuda-me a esconder-me; estou fugindo dos pecadores, que, como Herodes, me perseguem e querem matar.

Oração

Assim, pois, ó Maria, nem depois de vosso Filho ter sido imolado pelos homens, que o perseguiram até à morte, cessaram esses ingratos de persegui-lo com seus pecados, e de afligir-vos, ó Mãe dolorosa? E eu mesmo, ó meu Deus, não tenho sido um desses ingratos? Ah! Minha Mãe dulcíssima, impetrai-me lágrimas para chorar tanta ingratidão.

E pelas muitas penas que sofrestes na viagem para o Egito, assisti-me com vosso auxílio na viagem que estou fazendo para a eternidade, a fim e que possa um dia ir amar convosco meu Salvador perseguido, na pátria dos bem-aventurados. Amém.

Fonte: ADF

quarta-feira, 14 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012



Senhor ensina-me o caminho para Ti!

Santa Eufrásia, virgem, +412


Santa Eufrásia

Eufrásia, cujo nome em grego significa alegria, nasceu no ano 380, na Ásia Menor e cresceu durante o reinado do imperador Teodósio, de quem seus pais eram parentes. Portanto, foi educada para viver na corte, rodeada pelos prazeres e luxos. Mas, nunca se sentiu atraída por nada disso, mesmo porque seus pais também viviam na humildade, apesar da fortuna que possuíam.

Depois que ela nasceu, filha única, o casal decidiu fazer voto de castidade. Desejavam viver como irmãos, para melhor se dedicarem a Deus. Quanto à jovem, desde pequena fazia jejuns e orações que chegavam a durar alguns dias. Com a morte de seu pai, a sua mãe que começou a ser cortejada, resolveu retirar-se para o Egito. Lá, com sua fortuna, também intensificou a caridade da família, levando com frequência Eufrásia em suas visitas aos conventos e hospitais que ajudava a manter.

Numa dessas visitas a um convento, quando Eufrásia tinha apenas sete anos, ela pediu para não voltar para casa. Queria ficar definitivamente ali. Os registros mostram que, apesar da pouca idade, acompanhava as religiosas em todos os seus afazeres com disciplina e pontualidade, que chegavam a impressionar por sua maturidade. O tempo passou, sua mãe faleceu e Eufrásia continuava no convento.

Vendo-a assim órfã, o imperador, seu parente, procurou-a e ofereceu-lhe a proposta que recebera de um senador, que a desejava desposar. O que, além de lhe dar estabilidade social, aumentaria consideravelmente sua já enorme fortuna. Contudo Eufrásia recusou, confirmando que desejava continuar na condição de virgem e seguir a vida religiosa. Aliás, não só recusou como pediu ao governante para distribuir todos seus bens entre os pobres.

Os registos narram inúmeras graças e fatos prodigiosos ocorridos através de Eufrásia. Consta que curou um menino à beira da morte com o sinal da cruz.

Certo dia, a sua superiora teve uma visão, onde era avisada da morte de Eufrásia e sua futura proclamação como santa. A jovem nada sentia, mas mesmo assim fez questão de receber os sacramentos e como previsto, no dia seguinte, foi acometida de uma febre fortíssima e morreu. Era o ano 412 e Eufrásia foi sepultada no convento que tanto amava.

O culto a Santa Eufrásia é muito difundido no Oriente e Ocidente, pela singeleza de sua vida e pelas graças que até hoje ocorrem por sua intercessão. Sua festa litúrgica acontece no dia 13 de março, data provável de sua morte.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ensinamentos sobre a Quaresma


Este é o tempo favorável para a conversão

A Quarta-feira de Cinzas marca a abertura da Quaresma, tempo privilegiado de conversão e preparação para a Páscoa do Senhor.

A liturgia da Santa Missa deste dia tem algumas particularidades próprias como: a omissão do acto penitencial, que é substituído pela imposição das cinzas; o "Glória" e o "Aleluia" não são cantados. Porém, o factor marcante e que remonta à tradição da Igreja é a bênção e a imposição das cinzas, acompanhadas das seguintes palavras: “Convertei-vos e crede no Evangelho” ou então: “Lembra-te, homem, que és pó, e ao pó hás-de voltar”.

As cinzas, desde o Antigo Testamento, possuem um sinal de penitência. Podemos perceber esta realidade na famosa passagem de Jonas, na qual, ao percorrer Nínive, e profetizar aquilo que o Senhor faria com a cidade num prazo de quarenta dias, a cidade então converte-se a Deus, proclama um grande jejum a ponto de o próprio rei se vestir de saco e sentar-se sobre as cinzas (cf. Jn 3, 4-6). Já na Antiguidade, quando as penitências deveriam ser feitas no período quaresmal e duravam vários dias, os penitentes eram admitidos à penitência pública oficial, celebrava-se no início deste tempo [Quaresma], na Quarta-feira de Cinzas, a imposição das cinzas.

Ainda hoje o sentido de recebermos as cinzas é o mesmo, reflectirmos aquilo que somos diante de Deus, reconhecer n'Ele o nosso único Senhor, perceber que necessitados de conversão, nos arrependemos dos nossos pecados. Atitudes que devem percorrer um longo período.

Duas jovens conversam sobre a festa que uma delas vai realizar daqui a um mês e meio, o seu aniversário de 15 anos.
Pergunta a amiga:
- E como estão os preparativos para a tua grande festa, já que ela está tão próxima?
A jovem quem vai fazer os quinze anos responde:
- Está uma loucura, mas os convites estão prontos, o salão e o vestido estão alugados, bem como as outras coisas da festa preparadas. Agora é só ir contando os dias para a festa chegar. Não vejo a hora!

A Quaresma é um tempo de preparação para a grande festa que o cristão celebra todos os anos. A festa da Páscoa, festa da libertação, libertação da morte e a festa da vida nova em Cristo.

A Quarta-feira de Cinzas é o início do tempo quaresmal, um período que se estende até Quinta-feira Santa, antes da Missa do Senhor (também conhecida como Missa dos lava-pés ou da Instituição da Eucaristia). Quaresma, que deriva da palavra "Quadragesimae", é um período privilegiado de preparação de quarenta dias [para a Páscoa]. Na Igreja Antiga, este era o tempo no qual os catecúmenos (pessoas que se preparavam para receber o Batismo) participavam da primeira “parte da Santa Missa” (liturgia da Palavra) e se retiravam durante a liturgia Eucarística para receberem as últimas formações a respeito da vida cristã. Os catecúmenos deveriam entregar-se a uma catequese mais intensa e aos exercícios de oração e penitência. Pouco a pouco, todos os cristãos começaram a participar também deste clima, tanto para se unir aos catecúmenos, como para renovar em si a graça do seu próprio batismo, preparando-se para a santa Páscoa, na qual, na Santa Missa da Páscoa, faziam esta renovação.

Este tempo de preparação exige recolhimento, mas também um sentimento de alegria, uma alegria que vamos ter que conter até à grande festa. É marcado por alguns sinais:
- A Liturgia veste-se de roxo – sinal de sobriedade e conversão;
- Não se canta o "Glória" e o "Aleluia" na celebração das Santas Missas – ficam guardados em nossos corações para ser entoados com grande alegria no Sábado Santo;
- O uso dos instrumentos musicais deve ser moderado, mais comedido – sinal de interioridade.

Portanto, o período quaresmal é um tempo especial de preparação, tempo em que nos devemos abrir aos irmãos na prática do amor, tempo em que nos devemos aproximar mais de Deus, tempo em que devemos jejuar mais ou nos abster de algumas coisas em sinal de despojamento.

Preparemo-nos para esta grande festa, a maior de todas as festas cristãs buscando a conversão de maneira mais concreta, com a ajuda das práticas quaresmais: oração, penitência e esmola.

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