domingo, 31 de julho de 2011

Santo Inácio de Loyola, presbítero, fundador, +1556


Nobre espanhol, converteu-se aos 30 anos de idade, depois de uma breve mas brilhante carreira nas armas, e fundou a Companhia de Jesus. Alma profundamente militar, quis dotar a Igreja de uma milícia nova, aguerrida e disciplinada, para a defesa da glória de Deus e a conquista das almas.

No século em que o protestantismo arrebatou à religião católica um terço da Europa, Inácio foi sem dúvida o lutador suscitado pela Providência para atender de modo pleno às necessidades da Igreja.

sábado, 30 de julho de 2011

A Benção da Medalha de São Bento


Já foi visto a grande eficácia da Medalha de São Bento. Mas para que os fiéis obtenham todos os benefícios da Medalha é necessário que ela seja benta com uma benção especial.

Há que se fazer uma distinção sobre as bênçãos. O Sacerdote pode benzer um objeto religioso, porém para certos tipos de atos é necessária uma benção especial que é devidamente aprovada para isso. E mesmo assim, não é todo o Sacerdote que está autorizado a dar referida benção especial. Por exemplo: quando a pessoa vai usar o escapulário do Carmo, a imposição do escapulário é precedida de uma benção sobre o escapulário que somente Sacerdotes devidamente autorizados por um privilégio especial podem faze-lo. Da mesma forma a Medalha de São Bento. Além dos Beneditinos, alguns outros Sacerdotes podem benzer a Medalha de São Bento, mas necessitando para isso uma autorização ou obter um privilégio da Igreja para esse fim.

Da mesma forma o uso do escapulário. Para impor o escapulário o Padre deve ter autorização para isso.

Sua Santidade o Papa Bento XIV escreveu um BREVE em 12 de março de 1742, aprovando a Medalha com a Cruz, a efígie de São Bento e os caracteres que ela apresenta. Sancionou a fórmula da benção que lhe deve ser aplicada, e concedeu numerosas indulgências aos que a levassem consigo.

Trechos do BREVE de Sua Santidade o Papa Bento XIV:

Bento XIV, Papa

PARA PERPÉTUA MEMÓRIA DO ATO E PARA AUMENTAR A DEVOÇÃO DOS FIÉIS A JESUS CRISTO

[...]
Nosso amado filho Bennon Löbl, Monge professo da Ordem de São Bento e presentemente Abade do mosteiro de Brzewnow in Brauna, na diocese de Praga, mosteiro nullius, livre, isento e sujeito imediatamente à Sé Apostólica, e além disso Preboste de Wahlstad na Silésia, Prelado mitrado do reino da Boêmia e Visitador perpétuo da referida Ordem da Boêmia, Morávia e Silésia, mandou expor-Nos recentemente que em outra ocasião pediu-Nos, para seus sucessores, bem como para todos e cada um dos Abades, Priores e outros Monges da mesma Ordem sujeitos a ele e a seus sucessores que exercerem o mesmo direito de Visitador, a faculdade de benzer, segundo a fórmula expressa na petição, as Medalhas ou Cruzes chamadas de São Bento, de distribuí-las respectivamente para se ganharem as indulgências que lhes foram liberalmente anexadas; com proibição feita a qualquer outra pessoa eclesiástica de intervir nessa obra pia: a qual faculdade lhe foi benignamente concedida e outorgada por Decreto da Sagrada Congregação dos Cardeais da Santa Igreja Romana, preposta às Indulgências a 23 do mês de dezembro do ano de 1741, decreto esse que é do teor seguinte:

DECRETO PARA A ORDEM DE SÃO BENTO NA BOÊMIA, MORÁVIA E SILÉSIA:


Às humildes e repetidas súplicas de Dom Bennon Löbl, Abade do Mosteiro livre e isento de Brzewnow na Brauna, da Ordem de São Bento, Preboste de Wahlstad na Silésia, Prelado mitrado do reino da Boêmia e Visitador perpétuo da referida Ordem da Boêmia, Morávia e Silésia: o Nosso Santíssimo Padre Bento XIV houve por bem conceder e outorgar ao mesmo Bennon e a seus sucessores, bem como a todos e a cada um dos Abades, Priores e outros Monges Sacerdotes, que lhe estão presentemente sujeitos como Visitador perpétuo, a faculdade particular de benzer as Medalhas ou Cruzes conhecidas pelo nome Cruzes de São Bento, das quais uma face representa a imagem do mesmo São Bento, e a outra uma Cruz tendo em redor estas letras ou caracteres, [segue as letras e o significado de cada uma delas] e cuja benção se fará segundo a fórmula seguinte:

V. Adjutorium nostrum in nomine Domini.
R. Qui fecit coelum et terram.
Exorciso vos, numismata, per Deum Patrem + omnipotentem, qui fecit coelumet terram, mare et omnia quae in eis sunt: omnis virtus adversarii, omnis exercitus diaboli, et omnis incursus; omne phantasma Sathanae, eradicare et effugare ab his numismatibus, ut fiant omnibus, qui eis usuri sunt, salus mentis et corporis, in nomine Dei Patris + omnipotentis, et Jesu Christi + Filii ejus, Domini Nostri, et Spiritus Sancti + Paracliti, et in charitate ejusdem Domini Nostri Jesu Christi, qui venturus est judicare vivos et mortuos et saeculum per ignem.
R. Amen.
Kyrie eleison, Criste eleison, Kyrie eleison. Pater Noster, etc.
V. Et ne nos inducas in tentationem.
R. Sed libera nos a malo.
V. Salvos fac servos tuos.
R. Deus meus, sperantes in te.
V. Esto nobis, Domine, turris fortitudinis.
R. A facie inimici.
V. Deus virtutem populo suo dabit.
R. Dominus benedicet populum suum in pace.
V. Mitte eis, Domine, auxilium de Sancto.
R. Et de Sion tuere eos.
V. Domine, exaudi orationem meam.
R. Et clamor meus ad te veniat.
V. Dominus vobiscum.
R. Et cum spiritu tuo.

Oremus. Deus omnipotens, omnium bonorum largitor, supplices te rogamus ut per intercessionem sancti Patris Benedicti his sacris numismatibus, litteris et characteribus a te designatis, tuam benedictionem + infundas, ut omnes, qui ea gestaverint, ac bonis operibus intenti fuerint, sanitatem mentis et corporis, et gratiam sanctificationis, atque indulgentias nobis concessas consequi mereantur, omnesque diaboli insidias et fraudes per auxilium misericordiae tuae effugere valeant, et in conspectu tuo sancti et immaculati appareant. Per Dominum, etc.

Oremus. Domine Jesu, qui voluisti pro totius mundi redemptione, de Virgine nasci, circumcidi, a Judaeis reprobari, Judae osculo tradi, vinculis alligari, spinis coronari, clavis perforari, inter latrones crucifigi, lancea vulnerare et tandem in cruce mori: per tuam sanctissimam Passionem humiliter exoro, ut omnes diabólicas insidias et fraudes expellas ab eo, qui Nomen sanctum tuum his litteris et characteribus a te designatis devote invocaverit, et eum ad salutis portum perducere digneris. Qui vivis et regnas, etc.

Benedictio Dei Patris + omnipotentis, et Filii +, et Spiritus + Sancti descendat super haec numismata, ac ea gestantes, et maneat semper. In nomini Patris + et Filii + et Spiritus + Sancti. Amen.
(Aspergatur aqua benedicta).

Eis aí, então, o texto da Benção da Medalha de São Bento.

Continuando, literalmente, no que consta no BREVE de Sua Santidade o Papa Bento XIV:

“Não obstante qualquer prescrição em contrário, Sua Santidade declarou que as Medalhas de que se trata, se não tiverem sido bentas pelos Monges acima designados, ou por aqueles a quem a Santa Sé por privilégio especial conceder essa faculdade, não gozarão absolutamente de indulgência alguma”
[...]
“Além disso Sua Santidade proíbe expressamente que algum Sacerdote, ou secular, ou de qualquer Ordem, Congregação ou Instituto regular, e qualquer que seja a dignidade, ou cargo de que esteja investido, à exceção dos ditos Monges acima designados, ou daqueles a quem a Santa Sé houver concedido um Indulto por especial privilégio, se atreva ou presuma benzer as ditas Medalhas ou Cruzes, ou distribuí-las aos fiéis, sob as penas que, além da nulidade da benção e das indulgências, forem infligidas, a arbítrio dos respectivos Ordinários dos lugares ou dos Inquisidores da fé, segundo a gravidade da culpa. Não obstante qualquer coisa em contrário, e devendo as presentes ter valor perpétuo.”

É o que consta nos documentos da Igreja.

(“A Medalha de São Bento” – Dom Próspero Gueranger O.S.B. – Abade de Solesmes – Editora Artpress – São Paulo)
Fonte: blog Almas Castelos cortesis)

O elefante e o pequenino


Ao regressar, certa vez de uma excursão às florestas de Keroh, na Índia, encontrei, na estrada, um menino que puxava um enorme elefante. O garotinho caminhava ligeiro, e a alegria de sua fisionomia revelava a despreocupação de seu espírito. Devia ter, no máximo, oito ou nove anos.

Para observa-lo, pus-me a segui-lo a pequena distância.

Junto a uma fonte ele parou e fez parar, também, o monstruoso paquiderme.

A seguir gritou para o elefante:

- Deita-te, Baluque!

O paciente e pesado animal obedeceu no mesmo instante.

Que fez, então, o pequeno? Tomou de um pedaço de corda, feita grosseiramente de talos de palmeira, e amarrou uma das patas do elefante a uma árvore que se erguia à margem da estrada. E a seguir disse, muito sério, ao Baluque:

- Fica quietinho, ouviste? Voltarei daqui a pouco. Se te levantares daí levarás uma surra daquelas!

E repetiu:

- Estás ouvindo?

Sim. Baluque ouviu. Ouviu e compreendeu, pois daquele lugar, junto à árvore, não saiu enquanto o menino esteve ausente.

E que prendia, afinal, o elefante? Uma simples embira que qualquer cachorro poderia, facilmente, rebentar.

As paixões da alma são como as brutas feras da Índia.

Confia em Deus, segue os ensinamentos do Evangelho, e poderás aprender com a tua energia todos os Baluques do pecado, que enchem de tanto horror os incrédulos.

Fonte: Blog Almas Castelos (cortesia)

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Oração de Santo Agostinho


Socorrei-me, Senhor e vida minha,

a fim de que não venha a morrer na minha maldade.

Se não me criásseis, não existiria;

criastes-me, passei a existir;

se não me dirigirdes, cessarei de existir.

Não foram encantos ou méritos meus

que vos compeliram a dar-me o ser,

senão a vossa infinita munificência.

Suplico-Vos, pois,

que aquele mesmo amor

que Vos compeliu à minha criação,

possa igualmente compelir-Vos a reger-me;

porquanto, que aproveita haver-Vos

o vosso amor compelido a criar-me,

se eu morrer na minha miséria,

privado da direcção de vossa destra?

Obrigue-Vos, Senhor,

a salvar-me essa mesma clemência

que Vos levou a tirar do nada

o que jazia no nada;

vença-Vos em libertar-me a caridade

que Vos venceu em criar-me,

pois não é hoje menor este vosso atributo

do que era então.

A caridade sois Vós mesmos,

que sempre sois e não mudais.

Não se Vos encurtou a mão,

que não possais salvar-me;

nem se Vos endureceu o ouvido,

que não mais Vos seja dado ouvir-me.

Amém.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

A velha no hospital


Em 1854, uma mulher idosa morava num hospital de doentes incuráveis, onde estava sempre na cama em conseqüência de uma paralisia quase total. Seus sentimentos eram os de uma ímpia furiosa, e de sua boca brotavam incessantemente as mais nojentas conversas, misturadas com atrevidas blasfêmias, a tal ponto que muitos a consideravam endemoniada. Desconfiava-se de que ela guardava na cama certos objetos maus, aptos a conserva-la em tão perversas disposições.

Um dia, desocupou-se o dormitório para limpa-lo; tiraram-na para uma sala vizinha, apesar dos uivos que soltava. Debaixo de seu colchão, as irmãs encontraram um saquinho com objetos de origem e destino mais do que suspeitos. Colocaram no mesmo lugar uma medalha de São Bento, e daí a pouco levaram a enferma de novo para a cama, sem lhe avisarem do que se havia feito em sua ausência. Mas sem dúvida algo lhe revelou o espírito mau; pois ela, quando ia ela chegando perto da cama, começou a gritar violentamente com as Irmãs, queixando-se de que lhe haviam roubado o saquinho.

Deitaram-na, entretanto e, de repente, um sossego extraordinário sucedeu aos costumeiros gritos. A alegria lhe transparece na fisionomia que até então só apresentava traços horrivelmente crispados. A pobre criatura pede um padre. Alguns dias depois, na enfermaria transformada em Capela, toda resplandecente de luzes e enfeitada com flores, recebia a Nosso Senhor que vinha consolar e curar aquela alma, escapada, como uma avezinha, da armadilha infernal rompida.

(Livro: A Medalha de São Bento - Dom Próspero Guéranger O.S.B. - Abade de Solesmes - Artpress - São Paulo)
Fonte: blog Almas Castelos (cortesia)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

terça-feira, 26 de julho de 2011

Santos Joaquim e Ana, pais de Nossa Senhora


Santa Ana e São Joaquim

Uma tradição do segundo século afirma que os pais de Nossa Senhora, e avós de Jesus, chamavam-se Joaquim e Ana. Conforme uma lenda da Idade Média, Joaquim e Ana viviam humilhados porque não tinham filhos. Eram estéreis. Joaquim dirigiu-se então para o deserto, e ali passou, 40 dias em jejum e oração. Ao terminar os 40 dias, apareceu-lhe um anjo anunciando que teriam um filho. De facto, nasceu-lhes uma filha, à qual deram o nome de Maria.

A devoção de Santa Ana ou Sant'Ana remonta ao século VI, no Oriente. No Ocidente data de século X. A devoção a São Joaquim é mais recente.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

A Morte e o Lenhador


Já ouvi muitos corajosos que dizem que não tem medo da morte. Mas a morte é um fato terrível, não só por que se perde a vida, mas por causa do Juízo Particular. Ser julgado por Deus, prestar contas de seus atos, ver diante de si seus pecados e suas virtudes... O homem sensato treme ao pensar nessas coisas.

É tão dura a hora da morte que a vida toda o católico reza a Ave Maria pedindo: ”rogai por nós, agora e na hora de nossa morte.” Ora, passamos a vida toda rezando pela hora de nossa morte, e por que?

Porque nessa hora tão difícil não haverá tempo para pedirmos mais nada. Porque a morte é tão dura para nós que passamos toda a vida pedindo a assistência de Nossa Senhora para esse momento tão doloroso. O demônio passa a vida toda tentando nos levar ao pecado, e até nesse último instante ele ainda está lá tentando nos perder para assim perdermos o céu. Se morre como se vive. Quem viveu liberalmente, na hora terrível as piores tentações lhe virão na cabeça. Quem viveu virtuosamente, as orações brotarão naturalmente de seus lábios. Não basta praticar algumas virtudes, mas é preciso que a virtude seja um hábito em sua vida. Quem não tem medo da morte?

“Santa Maria, rogai por nós agora, e na hora de nossa morte. Amém”

A morte do lenhador:

Um velhinho, muito velho, vivia de tirar lenha na mata. Os feixes, porém, cada vez lhe pareciam mais pesados. Tropicava com eles, quase caía, e um dia, caindo de verdade, perdeu a paciência e lamentou-se amargamente:

- Antes morrer! De que me vale a vida, se nem com este miserável feixe posso? Vem, ó Morte, vem aliviar-me do peso desta vida inútil.

Tentou erguer a lenha. Não pode e, desanimado, invocou pela segunda vez a Magra.

- Por que demoras tanto, Morte? Vem, já pedi, vem aliviar-me do fardo da vida. Andas pelo mundo a colher criancinhas e esqueces de mim que te chamo...

A Morte foi e apareceu – horrenda, escaveirada, com os ossos a chocalharem e a foice na mão.

Ao vê-la de perto o homem estremeceu de pavor, e mais ainda quando a Magra lhe disse, batendo os ossos do queixo.

- Chamaste-me; aqui estou!

O velho tremia, suava... E para sair-se dos apuros só teve esta:

- Chamei-te, sim, mas para me ajudares a botar esta lenha às costas...

(autoria: Monteiro Lobato. Do livro Florilégio Nacional – de Português 4ª Série – ano de 1944, que pertenceu ao meu falecido pai)
Fonte Almas Castelos (cortesia)

domingo, 24 de julho de 2011

A devoção à Virgem Maria é necessária para a salvação?



Ninguém que persevere na oração do Terço será condenado

- A devoção a Nossa Senhora é necessária para a salvação?

- Sem a devoção a Nossa Senhora podemo-nos salvar?

Eis o que está escrito no livro de Luís Maria Grignion de Montfort - A Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem - nos itens 40 a 42:

§ 1. A devoção à Santa Virgem é necessária a todos os homens para conseguirem a salvação.

40. “O douto e piedoso Suárez, da Companhia de Jesus, o sábio e devoto Justo Lípsio, doutor da universidade de Lovaina, entre outros, provaram incontestavelmente, apoiados na opinião dos Santos Padres, entre os quais, Santo Agostinho, Santo Efrém, diácono de Edessa, São Cirilo de Jerusalém, São Germano de Constantinopla, São João Damasco, Santo Anselmo, São Bernardo, São Bernardino, Santo Tomás e São Boaventura, que a devoção à Santíssima Virgem é necessária à salvação e também um sinal infalível de condenação – opinião do próprio Ecolampádio e outros hereges, – não ter estima e amor à Santíssima Virgem. O contrário é indício certo de predestinação ser-lhe inteira e verdadeiramente devotado.

41. As figuras e palavras do Antigo e do Novo Testamento o provam; a opinião e os exemplos dos santos o confirmam; a razão e a experiência o ensinam e demonstram; o próprio demónio, premido pela força da verdade, viu-se muitas vezes constrangido a confessá-lo.
“Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá, àqueles que quer salvar (São João Damasceno).

42. Nas crónicas de São Francisco, faz-se referência que o santo viu, em êxtase, uma escada enorme, em cujo topo, apoiado no céu, avultava a Santíssima Virgem. E o santo compreendeu que devia subir aquela escada para chegar ao céu.

E nas crónicas de São Domingos: quando o santo pregava o rosário nas proximidades de Carcassona, quinze mil demónios, que possuíam a alma de um infeliz herege, foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a confessar muitas verdades grandes e consoladoras, referentes à devoção a Maria. E eles, para sua própria confusão, fizeram-no com tanto ardor e clareza que não se pode ler essa autêntica narração e o panegírico, que o demónio, embora a contragosto, fez da devoção mariana, sem derramar lágrimas de alegria, ainda que pouco devoto se seja da Santíssima Virgem” (São Luís Maria Grignion de Montfort, “Tratado da Verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, pág. 40-45. 31. ed. Vozes. Petrópolis, 2002).

Respostas dos demónios, mesmo contra a vontade deles (*)

Quando São Domingos estava a pregar sobre o Rosário perto de Carcassona, trouxeram à sua presença um albigense que estava possesso pelo demónio. Consta que mais de doze mil pessoas tinham vindo ouvi-lo pregar. Os demónios que possuíam este infeliz foram obrigados a responder às perguntas de São Domingos, com muito constrangimento. Eles testemunharam que:

1 - Havia quinze mil deles no corpo desse pobre homem, porque ele atacou os quinze mistérios do Rosário;

2 - Continuaram a testemunhar que, quando São Domingos pregava sobre o Rosário, impunha medo e horror nas profundezas do inferno e que ele era o homem que eles mais odiavam em todo o mundo; isso por causa das almas que ele arrancou dos demónios por intermédio da devoção do Santo Rosário; revelaram ainda várias outras coisas.

São Domingos colocou o seu Rosário em volta do pescoço do albigense e pediu que os demónios lhe dissessem a quem, de todos os santos nos céus eles mais temiam, e quem deveria ser, portanto, mais amado e reverenciado pelos homens. Nesse momento eles soltaram um gemido inexprimível no qual a maioria das pessoas caiu por terra desmaiando de medo… e eles disseram:

“Domingos, nós te imploramos, pela paixão de Jesus Cristo e pelos méritos de sua Mãe e de todos os santos, deixa-nos sair deste corpo sem que falemos mais, pois os anjos responderão à tua pergunta a qualquer momento (…). São Domingos ajoelhou-se e rezou a Nossa Senhora para que ela forçasse os inimigos a proclamarem a verdade completa e nada mais que a verdade. Mal tinha terminado de rezar viu a Santíssima Virgem perto de si, rodeada por uma multidão de anjos. Ela bateu no homem possesso com um cajado de ouro que segurava e disse: “Responde ao meu servo Domingos imediatamente”. Então os demónios começaram a gritar:

“Oh, vós, que sois nossa inimiga, nossa ruína e nossa destruição, porque desceste dos céus só para nos torturar tão cruelmente? Oh, Advogada dos pecadores, vós que os tirais das presas do inferno, vós que sois o caminho certeiro para os céus, devemos nós, para o nosso próprio pesar, dizer toda a verdade e confessar diante de todos quem é que é a causa da nossa vergonha e nossa ruína? Oh, pobres de nós, príncipes da escuridão: então, ouçam bem, vós cristãos: a Mãe de Jesus Cristo é todo-poderosa e ela pode salvar os seus servos de caírem no Inferno. Ela é o Sol que destrói a escuridão da nossa astúcia e subtileza. É ela que descobre os nossos planos ocultos, quebra as nossas armadilhas e faz com que as nossas tentações fiquem inúteis e sem efeito. Nós temos que dizer, porém de maneira relutante, que nem sequer uma alma que realmente perseverou no seu serviço foi condenada connosco; um simples suspiro que ela oferece à Santíssima Trindade é mais precioso que todas as orações, desejos e aspirações de todos os santos.

Nós a tememos mais que todos os santos dos céus juntos e não temos nenhum sucesso com os seus fiéis servos. Muitos cristãos que a invocam quando estão na hora da morte e que seriam condenados, de acordo com os nossos padrões ordinários, são salvos por sua intercessão. Oh, se pelo menos essa Maria (assim era na sua fúria que eles a chamaram) não se tivesse oposto aos nossos desígnios e esforços, teríamos conquistado a Igreja e a teríamos destruído há muito tempo atrás; e teríamos feito com que todas as Ordens da Igreja caíssem no erro e na desordem.

Agora, que somos forçados a falar, também te diremos isto: ninguém que persevere a rezar o Rosário será condenado, porque ela obtém para os seus servos a graça da verdadeira contrição pelos seus pecados e por meio dele, eles obtêm o perdão e a misericórdia de Deus”.

Olhai com benevolência para os infelizes que imploram a vossa poderosa protecção!

Virgem Santíssima que agradastes ao Senhor, a ponto de tornar-vos sua Mãe, Virgem Imaculada em vosso corpo, em vossa alma, em vossa fé, em vosso amor, olhai com bondade para os infelizes que imploram a vossa poderosa protecção.
A serpente infernal, contra a qual foi lançada a primeira maldição, continua a combater e a tentar os pobres filhos de Eva.
Vós, nossa Mãe abençoada, nossa rainha, nossa advogada, vós que esmagastes a cabeça do inimigo desde o primeiro instante da vossa Conceição, recebei as nossas orações e, nós vos suplicamos, unidos num único coração, apresentai-as diante do trono de Deus, para que nunca nos deixemos cair nas armadilhas que nos são preparadas, mas que cheguemos todos ao porto da Salvação e que, no meio de tantos perigos, a Igreja e a sociedade cristã cantem mais uma vez o hino da liberdade, da vitória e da paz. Amém"

Oração composta por São Pio X

sábado, 23 de julho de 2011

Santa Brígida, religiosa, patrona da Europa, +1373


Santa Brígida da Suécia

Nasceu em Finstad, perto de Upsala, na Suécia, em 1303, e morreu em Roma, em 1373. Foi contemporânea de Santa Catarina de Sena.

Aos 13 anos, em 1316, casou-se com o príncipe de Nreícia, Wulfom. Foram pais de oito filhos, entre eles uma santa: Catarina. Fundaram um hospital e eles próprios (Santa Brígida e seu marido), cuidavam dos doentes.

Em 1344, ficou viúva e recolheu-se num mosteiro. Em 1346, fundou um mosteiro em Vadstena. Levava vida austera, chegando a mendigar às portas das igrejas. Uns dez anos antes de morrer, fundou a Ordem de São Salvador (brigidinas), da qual, mais tarde, sua filha, Santa Catarina da Suécia, viria a ser a prioresa. Em 1372, partiu em companhia da filha, Catarina, e de dois filhos, para a Terra Santa.

Foi uma grande mística, cujas experiências de Deus, suas Revelações, publicadas em livro, são a maior prova de seu profundo amor a Jesus e da solidez de sua espiritualidade. Brígida é uma das místicas mais conhecidas nos séculos XIV e XV.

Com Santa Catarina de Sena e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), foi proclamada por João Paulo II como patrona da Europa

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Santa Edwiges, protectora dos que têm dívidas


Viúva com três filhos e três filhas, dedica-se a restaurar conventos e a repartir ajudas com grande generosidade aos pobres.
Edviges nasceu na Baviera, Alemanha em 1174. Era irmã de Santa Gertrudes e tia de S. Isabel da Hungria.
Casou com o Duque Henrique de Silesia (região da Polónia) e por conselho dela, o seu marido fundou vários conventos de religiosas, e para os construir levava os presos que estavam nos cárceres, e assim fazia-os ser úteis à pátria. Morto o seu marido, os filhos dedicaram-se a guerrear entre si para disputar a herança do ducado. Edviges teve que trabalhar e viajar muito para conseguir a paz entre eles.
Os longos anos da sua velhice empregou-se em fundar conventos e em ajudar pobres.

A sua pobreza era extrema: dava tudo aos necessitados. Andava descalça sobre a neve e os pés sangravam-lhe. Levava um par de sapatos na cintura e se vinha alguma pessoa, calçava-os e assim não se davam conta da penitência que fazia. Um dia um sacerdote deu-lhe um par de sapatos novos e disse: "Ponho-lhe como penitência calçar sempre estes sapatos". Dias mais tarde encontrou-a descalça. "Não lhe disse que devia trazer os sapatos calçados?" Ela respondeu: "Sim, os levo postos numa maleta que levo às costas". E tirou-os para mostrar.

Dom de milagres: A uma religiosa cega curou-a ao impor-lhe as mãos e rezar por ela. Ela mesma soube com antecipação a data da sua morte. Pediu a Unção dos enfermos, quando não parecia sofrer de enfermidade grave. E em verdade estava a morrer e ninguém o imaginava. As grandes riquezas que lhe deixou o seu esposo, repartiu-as entre os pobres. Morreu em Outubro do ano 1243.
Santa Edviges, pede ao Senhor que nós sejamos mais generosos em repartir os nossos bens com os necessitados.

Oração

Senhor meu Deus, Todo-poderoso, Criador do céu e da terra, Vós que tudo regulais em justiça e misericórdia, aceitai a prece que humildemente Vos dirijo por intermédio de Santa Edwiges, vossa serva, que tanto Vos amou, na terra e que usufrui da graça de contemplar a Vossa divina face.
Santa Edwiges exemplo de fé cristã, espelho do amor divino.
-Vinde em nosso auxílio.
Santa Edwiges, fiel discípula de Cristo, humilde serva do Senhor, modelo de amor à cruz.
-Vinde em nosso auxílio.
Santa Edwiges, bondosa mãe dos pobres, auxílio dos doentes, refúgio dos oprimidos.
-Vinde em nosso auxílio.
Santa Edwiges, modelo das mães cristãs, glória da Santa Igreja.
-Vinde em nosso auxílio.
Santa Edwiges, por amor a Jesus, Maria e José, fazei vossas, as minhas aflições. Apressai-vos em socorrer-me. Amém.

Pai-Nosso e Ave-Maria

quinta-feira, 21 de julho de 2011

China ordena bispo sem autorização do Vaticano


Mantém-se a relação tensa entre o Vaticano e Pequim. Desta vez, Roma critica o regime chinês por ordenar uma vez mais um novo bispo, o que acontece novamente sem autorização do Papa e foi considerado como contrário à “união da Igreja”.

Segundo o director da sala de imprensa da Santa Sé, citado pela agência Ecclesia, este acontecimento foi seguido pelo Papa com “dor e preocupação”. A Associação Patriótica Católica (APC), subordinada a Pequim, ordenou ontem o padre Huang Bingzhang como bispo de Shantou, na província de Guangdong, na costa sudeste da China. Segundo a Rádio Vaticano, “vários bispos “em comunhão com o Papa” foram obrigados pela APC a participar na cerimónia, considerada “ilegítima” pela Santa Sé o que, à luz do Direito Canónico, pode levar à excomunhão dos que ordenaram e foram ordenados na mesma.

Departamento de Informação da Fundação AIS

quarta-feira, 20 de julho de 2011

São Luiz IX


Rei, estadista e cruzado. Cada época histórica tem um homem que a representa. Luís IX é o homem modelo da Idade Média: é um legislador, um herói e um santo... "Marco Aurélio [Imperador romano pagão] mostrou o poder unido à filosofia; Luís IX, o poder unido à santidade. Avantajou-se o cristão" (Chateaubriand, Estudos históricos).

Não surpreende muito que um homem, retirado num claustro e separado das ocasiões de pecado, domine as inclinações desregradas da natureza e progrida na prática das mais belas virtudes do Cristianismo. Mas que um príncipe, ao qual não se tem a liberdade de repreender nem contradizer, e que vivendo em meio às honrarias e às mais perigosas volúpias, domine suas paixões, conservando a inocência e a pureza de coração, é realmente admirável, podendo ser chamado um prodígio na ordem da graça.

Entretanto, aquilo que é impossível para as forças do homem, não o é para Deus. E se a História do Antigo Testamento nos apresenta muitas cabeças coroadas que souberam aliar a santidade com a autoridade soberana, e a qualidade de profeta à de chefe, de juiz e de rei, a História do Novo Testamento nos fornece um número bem maior em quase todos os reinos cristãos.

Nesse mês, dia 25, a Igreja nos propõe um príncipe, que podemos chamar de pérola dos soberanos, glória da coroa da França, modelo de todos os príncipes cristãos; e para dizer tudo em duas palavras, um Monarca verdadeiramente segundo o coração de Deus, da Igreja e do povo.

É o incomparável São Luís, quadragésimo Rei da França desde o início da monarquia, e o nono da terceira raça, da qual Hugo Capeto foi o tronco.

Seu pai foi Luís VIII, filho de Filipe Augusto, e sua mãe a princesa Branca, de quem os historiadores atribuem a glória de haver sido filha, sobrinha, esposa, irmã e tia de reis. Com efeito, seu pai foi Afonso IX, Rei de Castela, que infligiu aos mouros sério revés na batalha de Navas de Tolosa, quando mais de duzentos mil infiéis pereceram no campo de batalha; era sobrinha dos reis Ricardo e João, da Inglaterra; esposa de Luís VIII, Rei da França; irmã de Henrique, Rei de Castela; mãe de São Luís IX e de Carlos, Rei de Nápoles e da Sicília; e tia, através de suas irmãs Urraca e Berengüela, de Sanches, Rei de Portugal, e de São Fernando III, Rei de Leão.

Nasceu São Luís no Castelo de Poissy, a 30 quilômetros de Paris, no dia 25 de abril de 1215, quando em toda a Cristandade procissões solenes comemoravam o dia de São Marcos. Vivia ainda seu avô, Filipe Augusto, o qual acabava de ganhar a célebre batalha de Bouvines, oito anos antes de lhe suceder seu filho, o futuro Luís VIII.

A infância de São Luís foi um espelho de honestidade e sabedoria. Seu pai, que unia virtude e zelo pela religião a uma bravura marcial que lhe valeu o nome de Leão, foi particularmente zeloso na sua educação. Deu-lhe bons preceptores e um sábio governante: Mateus II de Montmorency, primeiro barão cristão; Guilherme des Barres, Conde de Rochefort; e Clemente de Metz, marechal-da-França, que lhe inspiraram os sentimentos que deve ter um rei cristianíssimo e um filho primogênito da Igreja.

Sua mãe, Branca, não poupou esforços para torná-lo um grande rei e um grande Santo, sobretudo após a morte de seu filho primogênito, Filipe. Ela lhe repetia com freqüência estas palavras, dignas de serem imitadas por toda mãe verdadeiramente católica: "Meu filho, eu gostaria muito mais ver-te na sepultura, do que maculado por um só pecado mortal".

Com a morte prematura do Rei aos 40 anos, em 1226, na cidade de Montpellier, quando voltava da guerra contra os hereges albigenses, nosso Santo subiu ao trono, sob a tutela da mãe, tendo sido sagrado na Catedral de Reims em 30 de novembro daquele mesmo ano.

Sua minoridade foi pródiga em guerras intestinas, causadas pela ambição e orgulho de senhores feudais do reino, que desejavam valer-se da pouca idade do soberano para impor as suas pretensões. Mas Deus dissipou todas as facções por uma proteção visível sobre a pessoa sagrada desse jovem Monarca.

Uma minoridade tão conturbada serviu de ocasião para fazer reluzir a prudência, o valor e a bondade daquele que se tornaria um protótipo do Rei Católico.

Matrimônio abençoado por Deus

No dia 27 de maio de 1235, pouco depois de completar 20 anos, casou-se com Margarida, filha mais velha de Raimundo Béranger, Conde de Provence e de Forcalquier, e de Beatriz de Sabóia. Era uma princesa que a graça e a natureza haviam dotado de toda sorte de perfeições, e que lhe daria, ao longo de uma santa e harmoniosa existência, 10 filhos, cinco homens e cinco mulheres. Acompanhou ela o jovem esposo na sua primeira expedição além-mar, e após a morte deste, retirou-se no Mosteiro de Santa Clara, onde terminou seus dias em 20 de dezembro de 1285. Seu corpo, precedido e seguido por pobres, que a chamavam de mãe, foi enterrado em Saint-Denis.

Luís IX procurava acima de tudo tributar a Deus o serviço e a honra que Lhe eram devidos. Este lhe retribuía assistindo-o em todas as necessidades, aconselhando-o nos empreendimentos, protegendo-o dos inimigos e conduzindo a bom termo todas as suas iniciativas.

O segundo de seus filhos varões foi Filipe III, que lhe sucedeu no trono, e cujos filhos foram, por sua vez, Reis, até Henrique III. O caçula de São Luís foi Roberto de Bourbon, cuja descendência subiu ao trono francês durante nove gerações. Das filhas, com exceção de uma, falecida prematuramente, todas foram esposas de Reis.

Educação cristã dos filhos: modelo de pai

Ao contrário de outros Monarcas, que negligenciam a educação dos filhos, ou os deixam, sem maior preocupação, aos cuidados de governantes, São Luís chamava pessoalmente a si o cuidado de os instruir, imprimindo-lhes na alma o desprezo pelos prazeres e vaidades do mundo e o amor pelo soberano Criador. Ele os exercitava normalmente à noite, após as horas Completas, quando os fazia vir a seu quarto a fim de ouvir as suas piedosas exortações. Ensinava-lhes, além disso, a rezar diariamente o Pequeno Ofício de Nossa Senhora, obrigava-os a assistir às Missas de preceito, e incutia-lhes a necessidade da mortificação e da penitência. Às sextas-feiras, por exemplo, não permitia que portassem qualquer ornamento na cabeça, porque foi o dia da coroação de espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Ainda hoje existem os manuscritos das instruções por ele deixadas à sua filha Isabel, Rainha da Navarra: são tão santas e cheias do espírito de Nosso Senhor, que nenhum diretor espiritual, por mais esclarecido que seja, seria capaz de apresentar outras mais excelentes.

O governante: justiceiro e moralizador dos costumes

Se São Luís soube educar tão bem os filhos, foi entretanto ainda mais admirável em governar os negócios públicos. Nunca a França experimentou tanta paz e prosperidade como em sua época. Enquanto as outras nações, em todas as latitudes, estavam em convulsão, os franceses por ele governados gozavam de uma feliz tranqüilidade, assegurada pela sabedoria do Monarca. Ele soube banir do Estado, através de sábias leis, todos os desregramentos então existentes. O primeiro deles foi a blasfêmia e os juramentos ímpios e execráveis. Foram tão rigorosas as punições contra eles estipulados, que o Papa Clemente IV julgou dever atenuá-las.

Outros desregramentos que se esforçou em exterminar foram os duelos, os jogos de azar e a freqüentação a lugares de tolerância. Antes de São Luís, nenhum Rei havia proibido os duelos: toleravam-no, e às vezes o ordenavam, a fim de se conhecer o direito das partes; o que importava meio enganoso e contrário aos preceitos da justiça.

Modelo em tudo para os homens públicos de todos os tempos e sobretudo de nossos dias, Luís IX o era de modo especial no tocante à boa administração dos bens do Estado e ao exímio cumprimento da lei. Assim, por exemplo, quando enviava juizes, oficiais e outros emissários às províncias para ali exercerem durante algum tempo Justiça, proibia-lhes de adquirir bens e empregar seus filhos, com receio de que isso pudesse ensejar a que viessem cometer injustiças.

Nomeava, acima deles, juizes extraordinários para examinar sua conduta e rever seus julgamentos, a exemplo de Deus, que assegura que julgará a Justiça. E se por acaso encontrava que em algo haviam agido mal, impunha-se primeiramente a si mesmo uma severa penitência, como se tivesse sido o culpado pelo excesso praticado por eles, e em seguida ministrava-lhes severa punição, obrigando-os a restituir o que haviam tomado do povo, se fosse esse o caso, ou a reparar aqueles que haviam sido condenados injustamente. Pelo contrário, quando tomava conhecimento de que haviam cumprido dignamente os seus deveres, recompensava-os regiamente e os fazia ascender a funções mais honrosas.

Além de administrar Justiça, não negligenciava o Santo Monarca o cuidado dos pobres.

Zelo pela ortodoxia e piedade

Se foi notório seu zelo em extirpar a libertinagem no reino de França, o que dizer de seu empenho em relação ao extermínio da heresia e ao estabelecimento da Fé e da disciplina cristã? Para isso tomou-se de grande afeição pelos religiosos de São Domingos e de São Francisco, a quem ele via como instrumentos sagrados dos quais a Providência queria se servir para a salvação de uma infinidade de almas resgatadas pelo precioso Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele os convidava com certa freqüência para jantar, sobretudo São Tomás de Aquino e São Boaventura, dois luzeiros a iluminar o firmamento da Santa Igreja a partir da Idade Média.

Um dos traços em que a religiosidade desse grande Monarca mais se manifestou foi a aquisição, junto a Balduíno II, Imperador de Constantinopla, da Coroa de Espinhos de Nosso Senhor Jesus Cristo, para a qual mandou edificar essa verdadeira maravilha da arquitetura gótica que é a Sainte-Chapelle, no coração de Paris.

Voto de cruzar-se: realiza-se a VI Cruzada

Deus, quando suscita numa alma um grande desejo, fá-la não raro passar por uma grande provação antes de atendê-la. Foi o que sucedeu com São Luís, que em 1245 caiu gravemente enfermo, a ponto de alguns terem como certa sua morte. Nessa contingência os franceses, que o amavam como a um pai, fizeram violência ao Céu, organizando vigílias, procissões e outros atos de piedade pela sua convalescença. O Monarca fez então um voto: caso sobrevivesse, partiria para libertar o Santo Sepulcro.

Cumpriu-o três anos depois, ao partir para Lyon, onde se encontrou com o Papa Inocente IV, de quem recebeu a bênção apostólica. Dirigiu-se em seguida para Aigues-Mortes, onde o aguardavam as embarcações que deveriam conduzi-lo com os cruzados ao Oriente. Era o dia 25 de agosto de 1248, data em que se iniciava a VI Cruzada da História.

As naus tocaram inicialmente a Ilha de Chipre, onde o Monarca se viu obrigado a permanecer durante o inverno, devido a uma peste que arrebatou a sexta parte de seu exército. Sua demora e essas perdas foram contudo de algum modo recompensadas pela conquista do Rei de Chipre, a quem São Luís conseguiu convencer de juntar-se à expedição.

Reencetou o Santo Cruzado a sua expedição no dia 13 de maio de 1249, à frente de uma formidável armada de 1800 embarcações, grandes e pequenas. Entretanto, devido às tempestades, mais da metade delas desviou-se da rota. De sorte que, ao passar em revista suas tropas, encontrou apenas 700 cavaleiros, dos 2800 de que se compunha seu exército.

De batalha em batalha; vitorioso numas e com reveses em outras; passando por humilhações pelos pecados de seus soldados ou por honrarias em pleno cativeiro (os emires do Egito quiseram elegê-lo Sultão!); sendo informado do nascimento de um dos filhos em Damiette, em plena época de negociação com os algozes, e do falecimento de sua bondosa mãe, a Rainha Branca, na França; enfrentando pestes e naufrágios, retomou o Rei-Cruzado, em 25 de abril de 1254, festa de São Marcos, o caminho da doce França, onde aportou no dia 19 de julho do mesmo ano. Em 5 de setembro encontrava-se no Castelo de Vincennes, e no dia seguinte entrava solenemente em Paris.

Seu regresso foi acolhido com eloqüentes manifestações de dileção do Papa Clemente IV e de Henrique III, Rei da Inglaterra.

Provações e santa morte do Rei Cruzado

Decidiu então o Santo lançar uma VII Cruzada, a última da História, para a qual se apresentaram seus filhos e Ricardo, Rei da Inglaterra, além de numerosos príncipes e senhores. Após terem sido tomadas todas as providências, partiram em direção a Túnis, no dia 4 de julho de 1270.

Mais uma vez no mar, e eis que outra grande tempestade dispersa as embarcações, fazendo com que muitas sejam impedidas de partir. São entretanto reparadas e chegam todas a Túnis. Mas o rei daquelas terras, bárbaro, traidor e infiel, que havia chamado São Luís à África dizendo que queria tornar-se cristão, sequer permitiu que sua armada descesse. O embate começou então ali mesmo, com os franceses assediando vários pontos nevrálgicos dos infiéis e a própria capital. Como esta resistisse, decidiram dominá-la cortando os víveres.

Mas a decomposição da cidade atingiu o exército francês, que foi logo empestado por todos os lados, ceifando inúmeras vidas. São Luís viu morrer seu filho Jean Tristan, nascido por ocasião do seu cativeiro no Egito, e pouco depois ele mesmo entregaria serena e santamente sua bela alma a Deus, o que se deu no dia 25 de agosto de 1270, precisamente 22 anos após sua partida para a VI Cruzada.

As relíquias de São Luís foram levadas para a França por seu filho Filipe, com exceção das entranhas, destinadas à Abadia de Montréal, na Sicília, a pedido do Rei Carlos, irmão do Santo Monarca. O resto de seu corpo repousa na Abadia de Saint-Denis. Seu culto foi juridicamente examinado e aprovado pelo Papa Bonifácio VIII, que o canonizou em 1297.

Fonte de referência:

Les Petits Bollandistes, Vie des Saints, Typographie des Célestins, ancienne Maison L. Guérin, 1874, t. V, p. 192 a 217, Bar-le-Duc.

Artigo oferecido pela Revista Catolicismo/Lepanto

terça-feira, 19 de julho de 2011

A alegria vem depois da tristeza


Espera confiantemente, a alegria vem depois da tristeza.

Pediste-me que te escrevesse palavras de consolação, a fim de reconfortar o teu ânimo amargurado por tantos golpes dolorosos.
Mas se a tua prudência e sensatez não estão adormecidas, a consolação já chegou, porque as próprias palavras mostram sem sombra de dúvida que Deus te está instruindo como a um filho para alcançares a herança. Assim o indicam claramente estas palavras: Filho se queres servir a Deus, permanece na justiça e no temor, e prepara a tua alma para a provação (Eclo 2,1-2). Onde existe o temor e a justiça, a prova de qualquer adversidade não é tormento de escravos, mas antes correção paterna.
Porque até o bem-aventurado Job, quando diz no meio dos flagelos da infelicidade: Quem dera que Deus me esmagasse que estendesse a sua mão e pusesse fim à minha vida, logo acrescenta: Terei a minha consolação, porque me atormenta com dores e não me poupa (Job 6,10).
Para os eleitos de Deus, aprovação divina é consolação, porque, através das dores momentâneas que suportam, progridem a grandes passos na firme esperança de alcançar a glória da felicidade eterna.
É para isso que o martelo bate no ouro: para que o ourives possa extrair a escória; é para isso que se usa a lima: para que a veia do vibrante metal brilhe com mais fulgor. É no forno que se experimenta o vaso do oleiro, é na tribulação que se experimentam os homens justos (Eclo 27,5, Vulg.). Porque também diz São Tiago: Considerai como motivo de grande alegria, irmãos, as diversas provações por que tendes passado (Tg 1,2). É a bom título que se devem alegrar aqueles que neste mundo suportam a tribulação temporária pelos seus pecados, mas tem guardada para si no Céu uma recompensa eterna pelas boas obras que praticaram.
Portanto, enquanto te atingem os golpes da desgraça, enquanto és castigado pelos açoites da correção divina, não te deixes vencer pelo desalento, não te queixes nem murmures não te deixes amargurar pela tristeza nem impacientar pela fraqueza de ânimo; mas conserva sempre a serenidade no teu rosto, a alegria no teu coração, a ação de graças na tua boca. São certamente dignos de todo o louvor os desígnios de Deus, que atinge nesta vida os seus para os poupar aos flagelos eternos; abate para elevar, fere para curar, humilha para exaltar.
Portanto, robustece o teu espírito na paciência com estes e outros testemunhos das Escrituras divinas, e espera confiadamente a alegria que vem depois da tristeza. Que a esperança daquela alegria te reanime e a caridade te inflame, de tal modo que o teu espírito, santamente inebriado, esqueça os sofrimentos exteriores e anseie com entusiasmo pelo que interiormente contempla.
Das Cartas de São Pedro Damião, bispo (Liv. 8,6: PL 144, 473-476) (Séc. XI).

Não desperdices o teu sofrimento!
Uma das coisas que mais impressionavam em Jesus era a capacidade que Ele tinha de se compadecer do sofrimento das pessoas.
Ele olhava para cada pessoa em particular e vivia com ela os seus sofrimentos.
Independentemente do que vivemos, Jesus está sempre unido a nós, pois Ele tem um olhar especial pelos que sofrem. É no sofrimento que mais nos parecemos com Ele.
Vivemos num mundo que busca o prazer a qualquer custo, no qual a ideia de prazer foi vinculada à felicidade. Por isso, falar de sofrimento é ir contra a corrente.
Acredita-se que somente seremos felizes se tivermos prazer em tudo o que fazemos.
Desta forma, o sofrimento virou sinónimo de infelicidade.
O cristão é convidado a mostrar ao mundo um testemunho diferente. Mostrar que se damos sentido e significado aos nossos sofrimentos, neles encontramos a felicidade.
Talvez o maior problema hoje seja este: as pessoas andam a desperdiçar o seu sofrimento.

Se eu dou sentido ao sofrimento que vivo, santifico-me. Tu é que escolhes o sentido que vais dar a esta palavra na tua vida. Quantas pessoas – com doenças graves – encontraram sentido para as suas vidas a partir do momento em que começaram a ajudar outras pessoas com o mesmo problema.
O que tornou tantos homens e mulheres santos na história não foi o sofrimento que viveram, mas o sentido que deram ao seu sofrimento. Aprenderam a não desperdiçar estes momentos para se aproximar de Deus e dos outros.

É preciso que aprendamos a sofrer. É preciso que dêmos sentido aos nossos sofrimentos. Uma mulher que vai dar à luz uma criança sofre, mas não pensa nas suas dores; ela só pensa no filho que carregará nos braços e verá crescer. A mãe entende que a alegria que virá depois será muito maior do que o sofrimento presente. São Francisco de Assis dizia: “É tão grande o bem que espero, que todo o sofrimento me é um grande prazer”.

Não há sofrimento grande ou pequeno. Qualquer sofrimento é capaz de nos levar à santidade e lançar no céu. Assim, é preciso que cada um de nós aprenda a viver intensamente as visitas de Deus nos momentos de dor.

A escolha é de cada um. Sofrer por sofrer ou sofrer com sentido – mesmo nos momentos de dor. Usa o teu sofrimento para ir além das tuas limitações, para ir além do que te vês capaz de fazer ou viver. Supera-te!

Se não desperdiçares o teu sofrimento, surgirá nos teus lábios um sorriso capaz de ressuscitar muitos que estavam a prestes a morrer. Isto é santidade. Não desperdices o teu sofrimento!
QUE AGRADÁVEL É MORRER, QUANDO SE TEM VIVIDO SOB A CRUZ

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Beato Bartolomeu dos Mártires, bispo, +1590


Nasceu em Lisboa (na freguesia dos Mártires), em Maio de 1514 e entrou para a ordem dominicana com 14 anos apenas. Foi feito arcebispo de Braga em 1559. Entre 1561 e 1563, participou no Concílio de Trento. Resignou em 1582, tendo-se recolhido ao Convento de Santa Cruz, em Viana do Castelo, onde morreria em 1590.

Eis um excerto do discurso de João Paulo II no dia da sua beatificação:

"O Beato Bartolomeu dos Mártires, dominicano por vocação e ideal de vida, ardia de zelo pela causa de Deus, que é a salvação dos homens, iluminando-lhes o caminho com o Evangelho. Fiel à norma apostólica, "entrega-se assiduamente à oração e ao serviço da palavra" (cf. Act 6, 4), arrastando consigo o clero: promove a sua formação permanente, ao seu alcance poe meios para pregar ao povo e funda o Seminário para preparar dignamente os futuros sacerdotes.

domingo, 17 de julho de 2011

Voe como a águia


Isaías é o maior profeta do Antigo Testamento, exerceu o seu ministério no reino de Judá, tendo se casado com uma esposa conhecida como a profetisa que foi mãe de dois filhos: Sear-Jasube e Maer-Salal-Hás-Baz.

Foi através de uma visão que Isaías foi chamado por Deus para ser profeta. Viu o trono de Deus no templo, acompanhado por serafins, em que um desses seres angelicais teria voado até ele trazendo brasas vivas do altar para purificar seus lábios a fim de purificá-lo de seu pecado. Então, depois disto, Isaías ouve uma voz de Deus determinando que levasse ao povo sua mensagem.

Não o sabes? Não o aprendeste? O Senhor é um Deus eterno. Ele cria os confins da terra, sem jamais fatigar-se nem aborrecer-se; ninguém pode sondar sua sabedoria. Dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor do fraco.
Até os adolescentes podem esgotar-se, e jovens robustos podem cambalear,
mas aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar. (Isaías, capítulo 40: 28-31)

É interessante como o Profeta faz analogia com a águia.

Quem conhece essas aves sabem que elas vivem em montanhas rochosas, e até escarpadas, altíssimas, enfrentando fortes ventos e tempestades.

Símbolo do heroísmo singular, essas aves não tem medo.

Na morte, as águias também dão excelente lição de vida.
Você já viu o cadáver de uma águia? É possível que já tenha visto o de uma galinha, de um cachorro, de um pombo ou até de um gato. Mas, com certeza nunca encontrou um cadáver de águia.

Sabe por quê? Porque quando elas sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Localizam o pico de uma montanha inatingível, usam as últimas forças de seu corpo cansado e voam naquela direção. E lá esperam, resignadamente, o momento final. Até para morrer, as águias são extraordinárias.

Quando os seus momentos difíceis chegarem, não desanime. Eleve-se às alturas, voe como uma águia em direção ao Sol. Se eleve pelas orações em direção a Deus, que certamente o confortará. Muitas vezes Deus nos manda provações para fazer-nos se elevar até Ele pela oração. Um convite às alturas.

Por mais que os ventos soprem com força, confie em Deus, pois conforme diz Isaias – o grande Profeta de Deus que viu o Céu: Deus “dá forças ao homem acabrunhado, redobra o vigor do fraco.” [...] “aqueles que contam com o Senhor renovam suas forças; ele dá-lhes asas de águia. Correm sem se cansar, vão para a frente sem se fatigar.”

Recebido por e-mail, desconheço o autor.
Fonte: blog Almas Castelos (cortesia)

sábado, 16 de julho de 2011

Nossa Senhora do Carmo


A ordem dos Carmelitas tem como modelo o profeta Elias e caracteriza-se por uma
profunda devoção a Maria. A Sagrada Escritura fala da beleza do Monte Carmelo, onde o profeta Elias defendeu a fé do povo de Israel no Deus vivo e verdadeiro. Carmelo em hebraico significa "vinha do Senhor".

Ali Elias enfrentou os profetas de Baal. Segundo o Livro das Instituições, Elias teve uma visão em que a Virgem lhe apareceu sob a figura de uma pequena nuvem que saía da terra e se dirigia ao Carmelo.

Em 93, os monges construíram sobre o Monte Carmelo uma capela em honra à Virgem Maria. As gerações de monges sucederam-se através dos tempos. Em 1205, o patriarca de Jerusalém deu-lhes uma Regra baseada no trabalho, na meditação das Escrituras, na devoção a Nossa Senhora, na vida contemplativa e mística.

Entretanto, ainda no século XIII, os muçulmanos invadiram a Terra Santa. Os eremitas do Monte Carmelo fugiram para a Europa. Nesta época, tinham como superior geral São Simão Stock. Enquanto rezava, pedindo a Nossa Senhora que fosse a protectora da Ordem dos Carmelitas, recebeu das mãos de Nossa Senhora do Carmo o escapulário: «Eis o privilégio que te dou à ti e a todos os filhos do Carmelo: "todo o que for revestido desse hábito será salvo".»

sexta-feira, 15 de julho de 2011

ANIVERSÁRIO DO PADRE ZÉZINHO


PARABENS!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Uma refeição pode ser comunhão


Pensemos na quantidade de seres e de pessoas que trabalham para a nossa alimentação. Os momentos de nossas refeições são sagrados, pois o alimento é fonte de sustentação da vida física, psíquica e, por que não, da espiritual? Os preparativos dos alimentos, do ambiente, as pessoas que partilham de nossa refeição fazem parte de um ritual de vida.

Preparando a refeição
Na escolha do que comer, optamos também pelas consequências da ingestão desses alimentos. Seleccionar com cuidado e atenção, considerando a quantidade, a variedade e o valor nutritivo dos alimentos é valorizar a vida. Experimentemos, durante algum tempo, anotar o quê e quando comemos, o que sentimos e o que nos leva a comer. Saímos à procura de alimentos por fome ou por mero hábito? Dar-nos-á um balanço de como lidamos com uma das áreas instintivas mais básicas da vida.

Durante a refeição
Prestemos atenção ao que comemos. Observemos as cores, o cheiro e as texturas dos alimentos. Estejamos "presentes", por inteiro, em nossas refeições, sem permitir que a imaginação "viaje" nos problemas, nos sonhos. Fiquemos atentos a esse momento tão sagrado da vida. Permanecer em silêncio, falar de assuntos agradáveis ou ouvir música suave, durante a refeição, auxilia uma boa digestão. Quando possível, partilhemos de nossas refeições com os menos favorecidos.

Após a refeição
Pensemos no Criador de tudo e na cadeia de seres que trabalhou em nossos alimentos. Consideremos como passam a fazer parte de nós e agradeçamos.
Observemos como nos sentimos após cada refeição. Registemos as nossas reacções. Alimentos diferentes provocam sensações diferentes. Eles podem ser nossa farmácia natural se observarmos como reagimos a eles. Toda refeição deve ser um ato sagrado de comunhão com o Criador, connosco mesmos, com nosso corpo, com os seres que nos trouxeram o alimento, com os que consentiram fazer parte de nós.

Toda a refeição pode ser comunhão e deve ser fonte de alegria e vida!

Fonte:JAM

terça-feira, 12 de julho de 2011

Beatos Luis e Zélia Martin, esposos e pais


Pais de Santa Teresa do Menino Jesus, viveram uma vida exemplar como cristãos, como casal e como pais preocupados com a santidade dos filhos. Foram beatificados por Bento XVI a 19 de Outubro de 2008.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

São Bento, abade, patrono da Europa, +547


São Bento nasceu em Núrsia, na Úmbria, por volta do ano 480.

Após concluir os seus estudos em Roma, retirou-se para o monte Subíaco e entregou-se à oração e à penitência. É o fundador do célebre mosteiro do Monte Cassino. Escreveu ali a sua famosa Regra. É considerado o pai do monaquismo no Ocidente.

Morreu no dia 21 de Março de 547. Duzentos anos após a sua morte, a Regra Beneditina havia-se espalhado pela Europa inteira, tornando-se a forma de vida monástica por toda a Idade Média.

Os monges beneditinos exerceram papel importante na evangelização e nos evangelizadores da Europa medieval.

"Orar e trabalhar, contemplar e agir" é a síntese da Regra Beneditina. A vida religiosa não é privilégio exclusivo de seres excepcionais e bem dotados espiritualmente. É possível a todos os que queiram buscar a Deus. Moderação é a tónica geral. Nela já não se fala de mortificação e de penitências: um bom monge era aquele que não era soberbo nem violento, "não comilão, não dorminhoco, não preguiçoso, não murmurador ..."

Não é de estranhar que o emblema monástico tenha passado a ser a cruz e o arado ...

Com S. Cirilo e S. Metódio, S. Bento foi declarado patrono da Europa.

domingo, 10 de julho de 2011

Santa Felicidade e seus sete filhos, mártires, +162


Felicidade foi martirizada em Roma durante o reinado de Marco Aurélio, depois de ter animado e exortado ao martírio seus sete filhos, Januário, Félix, Filipe, Silvano, Alexandre, Vital e Marcial.

A respeito da heróica matrona, assim escreveu Pedro Crisólogo: "No meio dos cadáveres mutilados e sangrentos daquelas ofertas queridas, passava mais alegre do que antigamente ao lado dos seus berços, porque via com os olhos da fé uma palma em cada ferida, em cada suplício uma recompensa e sobre cada vítima uma coroa".

sábado, 9 de julho de 2011

Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus


Hoje comemoramos a santidade de vida da naturalizada brasileira Amábile Lúcia Visintainer que nasceu no ano de 1865 e partiu para a Glória em 1942. Nascida em Vigolo Vattaro (Itália), com apenas 10 anos de idade emigrou com seus pais para o Brasil dirigindo-se para o Estado de Santa Catarina, no sul do país.

Santa Paulina, antes de entrar para a vida consagrada, dedicou-se religiosamente em cuidar de uma senhora com câncer e a partir desta experiência caridosa deu-se a descoberta do Carisma que fora reconhecido em 1895 pelo Bispo de Curitiba, Paraná, com o nome de Filhas da Imaculada Conceição.

Na oração litúrgica da Igreja é pedido a Deus para nós fiéis a virtude do serviço, motivado pelo amor, a qual mais brilhou no coração da virgem Paulina do Coração Agonizante de Jesus.

Santa Paulina, rogai por nós!

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Maria Santíssima, Arca da Aliança, Mãe do Filho de Deus


A arca da aliança: prefigura da Virgem Maria

Tão misteriosa e sagrada Arca, construída pela mão do próprio Deus para sua habitação e propiciatório de seu povo, deveria ficar no Templo, onde se encontrava a outra arca material do Antigo Testamento. Por esta razão, Deus ordenou que Maria Santíssima fosse apresentada ao Templo aos três anos de idade. Ali permaneceu até os 13 anos e meio.

Os sacerdotes do Templo, movidos por inspiração divina, julgaram que, conforme o uso da época, deviam estabelecer Maria no estado do matrimônio.

Consultada por um dos sacerdotes do Templo, ela declarou: Quanto à minha vontade, sempre desejei guardar perpétua virgindade, dedicando-me a Deus e ao seu serviço neste santo Templo. Vós, porém, que estais no lugar de Deus, me ensinareis o que for de sua santa vontade.

Com um milagroso sinal, o céu indicou São José como o escolhido para desposar a puríssima jovem, a futura esposa do Espírito Santo e mãe do Filho de Deus.

Maria Santíssima confiou a São José seu voto de perpétua castidade, dizendo-lhe: “Meu senhor e esposo, em meus primeiros anos consagrei-me a Deus com perpétuo voto de ser casta de alma e corpo. Para cumpri-lo, quero que me ajudeis, e no mais, serei vossa fiel serva”.

Repleto de júbilo pelas palavras de sua Esposa, o castíssimo São José lhe respondeu: “Quero que saibais, Senhora, que aos doze anos, também eu fiz promessa de servir ao Altíssimo em castidade perpétua. Confirmo-a agora e prometo ajudar-vos quanto estiver em minhas forças para que, em toda pureza o ameis e sirvais. Serei vosso fidelíssimo servo e guarda”.

Sobre estes divinos alicerces – ou seja, virgindade ilibada, oração, humildade, concórdia – fundou-se o lar e a união da santíssima Virgem Maria e do castíssimo São José.

Assim foram sendo preparados para o mistério da Encarnação do Verbo, missão para a qual Deus os havia destinado.

(Fonte: “Mística Cidade de Deus” – Volume II)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Beato Diogo de Carvalho, presbítero, mártir, +1624


Nasceu em Coimbra onde se fez jesuita apenas com 16 anos, mas foi em Macau que terminou os estudos de teologia e foi ordenado sacerdote. Em 1609 era missionário no Japão.

A fim de poder evangelizar em tempo de grande perseguição, refugiou-se numa região mineira até ao dia em que umas pegadas na neve o denunciaram e foi preso com 10 dos seus fiéis seguidores. No inverno de 1624, foram os onze prisioneiros submetidos ao tormento dos tanques de água gelada, morrendo um após outro. O Padre Diogo de Carvalho sobreviveu ainda cinco dias à morte do último.

Pio IX beatificou-o em 1867.

cf. Pe. José Leite, s.j., "Santos de Cada Dia"

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Santa Maria Goretti, virgem, mártir, +1902


Santa Maria Goretti ou Marieta, como também era chamada, foi uma daquelas santas que morreram pelo facto de não quererem cometer pecado. Nascida na cidade de Corinaldo, província de Ancona, Itália, Maria Goretti e sua família foram obrigados a mudar-se para o inóspito Agro Pontino, na localidade de Ferrieri di Conca, em busca de trabalho.

Seus pais trabalhavam na lavoura enquanto Maria cuidava dos seus quatro irmãos mais novos.

Poucoo tempo depois, quando a menina tinha dez anos, seu pai morreu de doença grave. Sua mãe, Assunta, trabalhava duramente no campo para ganhar o sustento da casa. Além de cuidar da casa e dos irmãos, Maria aproveitava o tempo que lhe restava para correr até à Igreja mais próxima e aprender o catecismo. Aos doze anos, num domingo de Maio, pôde fazer a primeira comunhão. Apesar de ter somente doze anos, Maria Goretti era muito crescida, o que chamou a atenção de um jovem garoto de 18 anos, Alexandre Serenelli. Um dia, aproveitando um momento em que Maria estava sozinha com sua irmã mais nova, Alexandre procurou seduzí-la. Diante da resistência da jovem menina, Alexandre apunhalou-a com vários golpes. A santa foi transportada ao hospital e antes de morrer perdoou ao assassino com as seguintes palavras: "Por amor a Jesus perdôo e quero que venha comigo para o paraíso". Alexandre foi condenado a trabalhos forçados até os 27 anos, altura em que foi absolvido por boa conduta. Ele conta ter tido uma visão da pequena mártir, que o fez mudar de vida. Maria Goretti foi canonizada em 1950.

Carta chocante de uma jovem...


Fui à festa, mãe. Fui à festa, e lembrei-me do que me disseste. Pediste-me que eu não bebesse álcool, mãe... Então, bebi uma 'Sprite'. Senti orgulho de mim mesma, exactamente o modo como me disseste que eu me sentiria. E que não deveria beber e de seguida conduzir. Ao contrário do que alguns amigos me disseram. Fiz uma escolha saudável, e o teu conselho foi correcto. Quando a festa finalmente acabou e o pessoal começou a conduzir sem condições, fui para o meu carro, na certeza de que iria para casa em paz... Eu nunca poderia esperar... Agora estou deitada na rua e ouvi o policia dizer: 'O rapaz que causou este acidente estava bêbado'. Mãe, a voz parecia tão distante... O meu sangue está por todo o lado e eu estou a tentar com todas as minhas forças não chorar... Posso ouvir os paramédicos dizerem: 'A rapariga vai morrer'... Tenho a certeza de que o rapaz não tinha a menor ideia, enquanto ele estava a toda velocidade, afinal, ele decidiu beber e conduzir!! E agora eu tenho que morrer. Então... Porque é que as pessoas fazem isso, mãe? Sabendo que isto vai arruinar vidas? A dor está a cortar-me como uma centena de facas afiadas. Diz à minha irmã para não ficar assustada, mãe, diz ao pai que ele tem que ser forte. Quando eu partir, escreva 'Menina do Pai' na minha sepultura... Alguém deveria ter dito àquele rapaz que é errado beber e conduzir. Talvez, se os pais dele o tivessem avisado, eu ainda estivesse viva... Minha respiração está a ficar mais fraca mãe, e estou a ficar realmente com medo. Estes são os meus momentos finais e sinto-me tão desesperada... Gostaria que tu pudesses abraçar-me mãe, enquanto estou aqui esticada a morrer, gostaria de poder dizer que te amo mãe... Então... Amo-te Adeus...' ________________________________________

Estas palavras foram escritas por um repórter que presenciou o acidente. A jovem, enquanto agonizava, ia dizendo as palavras e o jornalista ia anotando... Muito chocado. Este jornalista iniciou uma campanha. Se esta mensagem chegou ate ti e tu a apagares, podes estar a destruir uma boa forma de consciencializar um grande número de pessoas; fazendo com que a tua vida, TAMBÉM CORRA PERIGO!!!!!!!!!!!

Com este pequeno gesto podes marcar a diferença.

Então, partilha com todas as pessoas que conheces.

Por: João Marques
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