São Tomás de Aquino, no auge de sua fama, dava lições em Bolonha, e se hospedava no priorato dominicano da mesma cidade. Certo dia, um dos frades tinha que ir à cidade levar uma carta, e o superior lhe disse que levasse consigo outro frade, o primeiro que visse. Casualmente, o primeiro que viu foi um forasteiro que lhe era desconhecido e que passeava pelo claustro submergido em profundos pensamentos. Chamado sem cerimônia nenhuma, São Tomás (que era o outro religioso) obedeceu e seguiu o frade imediatamente.
O Santo não era bom andarilho, pois era corpulento e, assim não podia senão atrasar seu enérgico guia.
- Vamos, vamos — dizia o frade com impaciência.
Porém, enquanto caminhavam, notou o frade que seu corpulento companheiro era observado e saudado por todo o mundo com grande respeito. Finalmente, um transeunte parou e perguntou:
- Não sois o Angélico Doutor, Tomás de Aquino?
O frade pasmou e se desfez em desculpas. São Tomás lhe disse:
- De nenhum modo, de nenhum modo! Sou eu quem estou muito aflito por não poder andar tão depressa como o Irmão necessita.
(HISTORIETAS CATEQUÍSTICAS — F.H. Drinkwater
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