domingo, 22 de maio de 2011

Santa Teresinha aos 8 anos


Felizmente a fotografia já estava inventada em dias de Santa Teresinha, pelo que conservamos o retrato autêntico da grande Santinha: singularmente bela, de traços regulares, olhar luminoso e vasto.

Essa é a foto dela aos 8 anos.

Eis aí uma verdadeira menina, pura, filha de uma família católica, que tem em si toda a pureza, toda a candura de uma vida de família católica, aquela delicadeza virginal que a vida de família católica comunica especialmente a uma menina.

Percebe-se que essa espontaneidade que há nela é presidida por uma certa regra, mediante a qual ela nunca faz aquilo que não deve. Ela não tem o hábito de pecar.

Ela não está nem um pouco sorridente, mas há um sorriso indefinível em seus lábios. Há qualquer coisa nela que sorri, sem que se possa propriamente dizer que ela esteja sorrindo. É sobretudo nos olhos que reside o seu sorriso.

Concentrando-se a atenção nos olhos, acaba-se percebendo que há nesse olhar um firmamento, um mundo de reflexões que se iniciam.

Para quem esse olhar está mirando? Ele não olha nada definidamente. Mira um ponto vago, indefinido, mas com uma espécie de enlevo, de consideração, de contemplação enlevada, afetuosa, respeitosa. Em última análise, é o olhar próprio de um espírito possantemente contemplativo.

Santo Agostinho disse de si, nas Confissões, na época de sua infância: “Tão pequeno menino eu era, e já tão grande pecador”. Dela poder-se-ia dizer: “Tão pequena menina era, e já tão grande santa”.

Quando ela começou a escrever, por obediência, seus Manuscritos Autobiográficos, deteve-se sobretudo em sua infância, e pouco em sua vida no convento. Só mais tarde, para atender à solicitação de sua Priora, é que se ocupou mais de sua vida de freira. A infância, para ela, foi tudo. Por quê? Porque foi uma infância profundamente consciente, meditada e raciocinada.

Aqui está Santa Teresinha do Menino Jesus, com todo seu tesouro de meditação, que pode existir numa alma de criança, e que ela conservou até o sumo de sua maturidade. É preciso ver bem: viveu a infância fiel a si mesma, e continuou a ser ela mesma até o apogeu de sua maturidade.

fonte: AASCj

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