sábado, 7 de maio de 2011

Saudação a Nossa Senhora


Pouco antes de expirar, no Calvário, Cristo Jesus outorgou à Santíssima Virgem a missão de protetora dos homens, ao dizer: “Mulher, eis ai o teu filho; “Eis a tua Mãe” (São Jão, 19, 26-27).

Momento terno e majestoso: entrega-lhe a humanidade, fazendo dela a Mãe espiritual de todos os homens.

É o Redentor que designa Maria Santíssima Mãe dos Homens.

A tarefa dada sucede em momento especialíssimo: quando o Calvário substitui o Templo Judaico do Antigo Testamento. No Calvário, o Redentor une os homens, dando-lhes a própria mãe como mãe de todos, tornando-ao sustentáculo da fé e da esperança.

A missão de Maria iniciou no Paraíso, quando Deus falou que a mulher esmagaria a cabeça da serpente.

Na Anunciação do Arcanjo São Gabriel: “Bendita és Tu entre as mulheres”.
crucis”, Mãe do Calvário e Rainha do Cenáculo!

A Virgem da Anunciação tornou-se mais tarde a “Stabat” do Calvário.

Na Visitação, viu-se enaltecida pelo mensageiro do Altíssimo: será chamada bem-aventurada.

Em Caná, realiza publicamente a primeira missão, ao dirigir-se ao Filho e suplicar-lhe intervenção: “não há mais vinho” e, virando-se para os servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”.

Vinte séculos Maria Santíssima intercede, ajuda, suplica e ganha graças de Deus para todos os homens.

Em Pentecostes, está Ela na apresentação da Igreja ao mundo.

No Apocalipse, a mulher misteriosa que tem a lua por escabelo, vestida de sol, adornada de estrelas.

Nas crises mais dilacerantes da Igreja, no curso do tempo, aparece Maria Imaculada, Mãe de Jesus e dos homens, para indicar a todos os caminhos do céu: em Belém, na fuga para o Egito, em Caná, no Calvário, em Pentecostes, em todos os tempos e em todas as ocasiões.

Quando a Igreja necessita de sacerdotes e religiosos, Ela suscita as vocações.

Quando a fé titubeia, Ela aparece para fortalecer.

Com inarredável procedência, alinhou ALVES MENDES, notável orador lusitano:“Descerra-se no céu das nossas crenças essa Imaculada, resplendor eterno do eterno sol, que por entre negrumes da vida, nos instila n’alma os mais vividos lampejos da perfeição sobrenatural e nos infiltra no peito as mais deliciosas esperanças da proteção divina”(“Discursos”, pág. 204).

Concebida sem pecado, sobrepõe miraculosamente à grinalda de virgem a coroa de Mãe; torna-se lúcido assento e formoso habitáculo ao verbo Divino; vê nascer de seu límpido seio o criador como se fora produção da criatura; desentranha de si, feito homem, o Filho de Deus, que vinha redimir os homens; e, sobre-angélica, inigualável, singular, mais pura que a estrela, mais nítida que a neve, mais bela que a flor, varre os miasmas do erro, saneia as feridas do mal, ilumina as inteligências, virtualiza os corações, sublima a fé, sobredoura a esperança, constela a caridade e, vencendo os abismos tenebrosos rasgados pela culpa primitiva, levanta-se, colosso de graça e santidade. (idem, p. 205).

Maria, concebida sem pecado, que magnitude! Toma o globo inteiro. Chega da terra ao céu na Assunção. Que majestade! Enche toda a História. Cerca todos os povos nas imensas amplidões do espaço, enquadramento estupendo, harmonioso, concordantíssimo de todos os séculos, de todos os continentes, de todas as gerações, da humanidade toda!

Virgem do anúncio de Gabriel, Mãe do presépio, confiante em Caná, dolorosa na “via

Realizou o prodígio dos prodígios: gera o Ingenito, cria o Increado, concretiza o Incompreensível, temporifica o Eterno, consubstancia o Imortal, limita o Imenso, penetra o Insondável e localiza o Infinito.

É luz coada pelo éter celestial, esbatida pelos angélicos, misteriosa, saneantíssima que, nas suas rutilações, nos envia calor e magnetismo e, no magnetismo, fortaleza; na fortaleza, expansão; na expansão, a vida; na vida, luz que eterniza todas as grandezas, luz que transfigura as almas e vaporiza as lágrimas.

Fato histórico relevante testemunha a mediação poderosa de Maria. Em 1570, o poder otomano agride a Europa, caindo reinos e tronos, uns após dos outros. Quando tudo parecia devastar o continente, O Papa São Pio V invoca a proteção de Maria Santíssima, dando-lhe o titulo de “Auxiliumchristianorum”, no que foi atendido, salvando-se a civilização cristã do fatalismo mulçumano.

Na Anunciação, Maria Santíssima aceita a missão: “Seja feita em mim a tua vontade”. Por isso ela oferece a Deus, com suas puríssimas mãos, a hóstia de propiciação pelas iniqüidades do gênero humano e oferece o Filho, entre lágrimas, angústias e sofrimentos.

Por obséquio disso, Ela se tronou a mais nobre criatura humana, plenitude da perfeição, plenitude da santidade, plenitude sobrenatural.

O amor de Maria a Deus é incomparável, maior de todos, acima dos santos, dos mártires e inclusive dos anjos.

Maria, Mãe dos homens, eterna Mãe, que se não acaba como as nossas mães, das quais recordamos no gemido de saudade, mas mãe que nos acompanha continuamente, seja na terra, seja no céu.

Veja aqui como acender uma vela em homenagem a sua Mãe. Peça que Maria Santíssima dê a sua mãe terrena saúde.

A maternidade de Maria é singular: não começou em Nazaré, porque iniciada antes dos tempos; não terminou no Calvário, porque é eterna.

As lágrimas de Maria misturam-se com o sangue de Cristo, para a salvação da humanidade, daí ser co-redentora.

Maria cooperou com a obra messiânica de Cristo, tornando-se o único tabernáculo humano. Deu sangue e deu carne ao corpo do Redentor. Tão nobre e tão elevada a participação de Maria no processo redentivo que se tornou “Sacerdo Virgo”.

Em síntese, definitiva e inarredável, Maria avantajou-seà grandeza do seu destino e assumiu o coronal de sua importância histórica.

Ave, Maria!

(Baseado em – www.catequisar.com.br, com adaptações)/ADF

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