sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Nossa Senhora dos Necessitados. Uma devoção esquecida, mas quão necessária!


Na maioria das vezes, as pessoas que recorrem a Nossa Senhora o fazem implorando seu auxílio por ocasião de doença, perda de emprego, desejo de conversão etc.

Não reze apenas pela sua saúde física, a espiritual também precisa de cuidados. Muitos porém, esquecem-se de pedir por aqueles que mais necessitariam da ajuda de Maria Santíssima: os que nada pedem a Ela.

Na Itália, cuja população é teológica por excelência, surgiu uma devoção à Mãe de Deus com essa intenção.

Imaginemos uma pessoa doente, por exemplo, um parente nosso. Chegamos determinado dia em sua casa e percebemos que ele sofre aguda dor na perna, caminhando com dificuldade. Nossa primeira (e óbvia) pergunta será: ele já consultou um médico? Compreende-se a indagação, pois somente pessoas que se dedicaram a estudar determinada doença saberão melhor combatê-la, diagnosticar a enfermidade e indicar o remédio mais adequado para sua cura.

De tal modo isto é evidente que, ao fazer a pergunta, ninguém vai explicar ao doente por que assim age. Salta aos olhos.

Preocupa-se com a saúde do corpo, esquece-se da saúde da alma.

Ora, com as doenças da alma ocorre exatamente o mesmo. Apenas certas pessoas têm mais condições de nos ajudar, e, em alguns casos, somente alguém com muitíssima capacidade. E por isso mesmo seria absurdo não pedir o auxílio delas. Se elas estão prontas para isso, se querem nos ajudar, se para nós é um alívio ser por elas auxiliados, então, por que não recorrer a esses especialistas?

Mas (e aqui está o contraditório da situação) isto que todos admitem em relação às doenças corporais, muitos têm dificuldade em aceitar quanto às doenças da alma! Quando surge uma grave doença corporal ou uma epidemia, mobilizam-se o governo, a mídia, entidades de caridade etc. Aparecem propagandas: “Cuidado! Tal doença tem cura! Use o remédio indicado!” Ou então: “Tal doença pode ser preventivamente detectada e assim debelada!”; “Atendimento gratuito nos postos de saúde do governo” etc. Tomar-se-á conhecimento do perigo e muitos atenderão à advertência.

Como explicar essa assombrosa contradição?

Por que então esta diferença: preocupação pela saúde de corpo e negligência pela da alma? Porque não se tem difundido suficientemente a devoção a Nossa Senhora, que está velando por todos e cada um de nós a cada segundo. Ela pode curar doenças corporais e, sobretudo, as da alma. Seu poder de curar é maior que o da soma de todos os governos do mundo.

Sejamos honestos, caro leitor. A tal ponto isto é assim, que mesmo bons católicos talvez ficassem surpresos se encontrassem numa rua um cartaz com os dizeres: “Não se drogue! Reze confiantemente e Nossa Senhora o livrará do vício”. Ou então: “Não pense em suicídio! Aquilo que você considera impossível resolver, Nossa Senhora solucionará, para Ela nada é impossível!”. Ora, num país de maioria católica como o nosso, isso não deveria nos surpreender; entretanto causaria estranheza.

Alguns católicos até julgariam errado empreender uma campanha pública de devoção a Nossa Senhora como meio para solucionar os problemas. Consideram que não se deve misturar vida privada com vida pública. De tal modo o laicismo contemporâneo penetrou em nossas vidas, que tendemos a separar inteiramente as convicções religiosas da esfera pública. Somos católicos interiormente, mas na vida prática agimos como ateus.

Portanto, não fiquemos só na teoria.

Muitos poderão se perguntar: mas que posso eu fazer? Resposta: rezar a Nossa Senhora dos Necessitados, ou seja, à Senhora daqueles que mais necessitam de ajuda, tão miseráveis que nem sequer fazem o pedido. Se uma campanha de saúde pública ressalta a necessidade de se levar ao médico aquele que por ignorância não o procura, façamos agora uma campanha em prol da saúde espiritual daqueles que não pedem por si mesmos a ajuda segura de Nossa Senhora.

Fonte: ADF

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