segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Diálogos com São Tomás de Aquino – Criação e queda dos anjos


DA CRIAÇÃO DOS ANJOS

- Criou Deus imediatamente a todos os anjos?

- Sim, Senhor; porque todos são espíritos puros, e não podiam de outro modo vir à existência (LXI,1).

- Quando foram criados?

- No princípio dos tempos e no mesmo instante que os elementos do mundo material (LXI,3).

- Foram criados os anjos nalgum lugar corpóreo?

- Sim, Senhor; porque assim convinha aos desígnios da divina Providência.

- Como chamamos o lugar em que foram criados?

- Chamamo-lo ordinariamente céu e também céu empíreo (LXI,4).

- Que coisa é o céu empíreo?

- Um lugar ameníssimo, pleno de luz e resplendor, resumo e compêndio das maiores delícias do mundo corporal (Ibid).

- O céu empíreo é o mesmo que o céu bem-aventurados, ou simplesmente céu?

- Sim, Senhor (Ibid).

DA TENTAÇÃO DOS ANJOS

- Em que estado foram creidos os anjos?

- No estado de graça (LXII,3).

- Que entendei quando afirmais que foram criados em estado de graça?

- Que no primeiro instante da sua criação, receberam, conjuntamente com a natureza, a graça santificante que os fazia filhos adotivos de Deus e, por seu mérito, podiam alcançar a glória eterna (LXII,1,2,3).

- Foi necessário que os anjos merecessem a glória por virtude de algum ato livre?

- Sim, Senhor (LXII,4).

- Em que consistiu aquele ato de seu livre alvedrio?

- Em seguir o movimento da graça que os inclinava a submeter-se a Deus por inteiro, para receberem Dele com acatamento e ação de graças, o dom da glória que lhes havia prometido (Ibid).

- Necessitaram muito tempo para escolher, debaixo do influxo da graça, a submissão ou a rebeldia?

- Um só instante.

- Feita a devida escolha, foram imediatamente admitidos ao gozo da Bem-aventurança?

- Sim, Senhor (LXII,5).

QUEDA DOS ANJOS

- Permaneceram fiéis todos os anjos na prova meritória, a que Deus os submeteu?

- Não, Senhor (LXIII,2,3).

- Por que recusaram alguns submeter-se a Deus?

- Por sentimento de orgulho, por quererem ser como Deus e gozar a felicidade, independentemente das divinas disposições (LXIII,2,3).

- Este ato de soberba foi pecado grave?

- Foi tão grande que provocou imediatamente a ira divina.

- E Deus, justamente indignado, que fez para castigá-los?

- Precipitou-os no inferno para que ali padeçam tormentos eternos (LXIV,4).

- Que nome têm os anjos rebeldes e condenados ao inferno?

- Chamam-se demônios (LXIII,4).

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