quarta-feira, 9 de março de 2011

SÓ CINZAS, MEU JESUS...


Parece-me, Jesus, quando Vos chamo, quando invoco o Vosso divino amor e da querida Mãezinha, que não sou ouvida. Sinto o meu brado ficar abafado no montão de cinza do meu pobre corpo que já é um cadáver como há pouco sentia, mas cinzas, só cinzas, meu Jesus. Parece-me estar já num cemitério e quando, no meio da agonia da minha alma, imploro o auxílio do Céu, esse brado, em vez de subir ao alto, perde-se abafado nesse montão de cinza e na cinza de outros cadáveres que jazem no cemitério em que me encontro, cuja extensão eu não sei medir. Tende dó, Jesus. Vede quanto sofre a minha pobre alma. Não caibo em mim de dor. Não cabe em mim o meu coração em ânsias de Vos amar e voar para Vós. Não digo bem, meu Jesus, este coração não é o meu, não sei a quem pertence. Aonde está ele, ó Jesus, a quem pertence ? Tudo morreu, Jesus, tende dó de mim. A minha vontade é a Vossa, só Vossa, bem o sabeis, bem o sabeis, meu Amor. Vede que sou miséria, que sou nada e nada posso sem Vós. (Beata Alexandrina: Sentimentos da alma, 9 de Setembro de 1944)

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